sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Pronunciamento de Dilma

Queridas brasileiras e queridos brasileiros,
Com especial alegria, escolhi esta véspera do 7 de Setembro para dar uma excelente notícia a todos vocês. Estou aqui esta noite para dizer que o Brasil, depois de conseguir retirar 40 milhões de brasileiros da pobreza e se transformar na sexta maior economia do mundo, prepara-se para dar um novo salto – e para crescer mais e melhor.
Não se surpreendam que esta nova arrancada se dê no mesmo momento em que o mundo se debate em um mar de incertezas. Isso não ocorre por acaso.
Ao contrário de outros países, o Brasil criou, nos últimos anos, um modelo de desenvolvimento inédito, baseado no crescimento com estabilidade, no equilíbrio fiscal e na distribuição de renda.
Este modelo produziu efeitos tão poderosos na economia – e na vida das pessoas – que nem mesmo a maior crise financeira da história conseguiu nos abalar fortemente.
Como a maioria dos países, tivemos uma redução temporária no índice de crescimento. Mas já temos as condições objetivas, agora, para iniciar este novo e decisivo salto, cujos primeiros efeitos já serão percebidos no próximo ano e que vão se ampliar fortemente nos anos seguintes.
Uma coincidência me deixa feliz: ser justamente em setembro, mês da primavera e da Indepenncia, o momento em que estamos a plantar as novas bases desse ciclo de desenvolvimento. Porque ele vai alargar bastante o caminho de afirmação e indepenncia que nosso país vem construindo, com muita garra, nos últimos dez anos.
Minhas amigas e meus amigos,
O nosso bem-sucedido modelo de desenvolvimento tem se apoiado em três palavrinhas mágicas: estabilidade, crescimento e inclusão.
Com elas, o Brasil tem conseguido crescer e, ao mesmo tempo, distribuir renda. Tem conseguido, como poucos países no mundo, reduzir a desigualdade entre as pessoas e entre as regiões.
Para tornar nosso modelo mais vigoroso e abrir este novo ciclo de desenvolvimento, vamos, a partir de agora, incorporar uma nova palavra a este tripé. A palavra é competitividade.
Na verdade, é mais que uma nova palavra: é um novo conceito, uma nova atitude. Uma forma simples de definir competitividade é dizer que ela significa baixar custos de produção e baixar preços de produtos para gerar emprego e gerar renda.
Mas para chegar aí é preciso melhorar a infraestrutura, avançar na produção de tecnologia e aprimorar os vários níveis de educação, saber e conhecimento.
Portanto, para ser competitivo, um país precisa de tudo isso.
É deste conjunto de atributos que o Brasil necessita para aperfeiçoar e consolidar nosso modelo de desenvolvimento.
Por isso, estamos lançando um conjunto de medidas que irão baixar o custo da nossa energia e do nosso transporte, e reforçar, com vigor, a capacidade de investimento do nosso país.
De forma simultânea, criamos – e estamos a ampliar – as condições para baixar juros, diminuir impostos e equilibrar o câmbio.
Este novo ciclo que agora se inicia não é fruto de nenhuma mágica. É a evolução dos bons resultados que conseguimos até aqui e uma necessidade imperiosa para podermos continuar crescendo e distribuindo renda.
Já somos o país que tem a melhor tecnologia social do mundo e nossos instrumentos de política social são copiados em dezenas de países.
Estamos, agora, lançando as bases concretas para sermos, no médio e no longo prazo, um dos países com melhor infraestrutura, com melhor tecnologia industrial, melhor eficiência produtiva e menor custo de produção.
Minhas amigas e meus amigos,
Na próxima terça-feira vamos dar um importante passo nesta direção. Vou ter o prazer de anunciar a mais forte redução de que se tem notícia, neste país, nas tarifas de energia elétrica das indústrias e dos consumidores domésticos. A medida vai entrar em vigor no início de 2013.
A partir daí todos os consumidores terão sua tarifa de energia elétrica reduzida, ou seja, sua conta de luz vai ficar mais barata. Os consumidores residenciais terão uma redução média de 16,2%. A redução para o setor produtivo vai chegar a 28%, porque neste setor os custos de distribuição são menores, já que opera na alta tensão.
Esta queda no custo da energia elétrica tornará o setor produtivo ainda mais competitivo.
Os ganhos, sem dúvida, serão usados tanto para redução de preços para o consumidor brasileiro, como para os produtos de exportação, o que vai abrir mais mercados, dentro e fora do país.
A redução da tarifa de energia elétrica vai ajudar também, de forma especial, as indústrias que estejam em dificuldades, evitando as demissões de empregados.
Minhas amigas e meus amigos,
A redução do custo da energia elétrica não é a única importante decisão que estamos tomando para baixar o custo de produção e, por consequência, aumentar o emprego e diminuir o preço dos produtos brasileiros.
Também acabamos de assinar um conjunto de medidas que vai provocar, no médio e no longo prazo, uma verdadeira revolução no setor de transportes no nosso país.
Criamos a Empresa de Planejamento e Logística que, em parceria com a iniciativa privada, vai promover uma completa reformulação no setor de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.
Além de restabelecer a capacidade de planejamento do sistema de transporte, o novo modelo vai promover a integração e acelerar a construção e modernização de ferrovias, rodovias, portos e aeroportos.
Para que vocês tenham uma ideia, vamos investir 133 bilhões de reais em rodovias e ferrovias. Isso significa ampliação e melhorias em 10 mil quilômetros de ferrovias e quase 8 mil quilômetros de rodovias.
Este plano significa, também, um novo tipo de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, que trará benefícios para todos os setores da economia e para todo o povo brasileiro.
Ao contrário do antigo e questionável modelo de privatização de ferrovias, que torrou patrimônio público para pagar dívida, e ainda terminou por gerar monopólios, privilégios, frete elevado e baixa eficiência, o nosso sistema de concessão vai reforçar o poder regulador do Estado para garantir qualidade, acabar com os monopólios, e assegurar o mais baixo custo de frete possível.
Queridas brasileiras e queridos brasileiros,
Um novo ciclo de desenvolvimento só se inicia com mudanças na economia e na forma de gestão, e fazendo avançar a inclusão social. É isso que temos feito nos últimos tempos.
Revigoramos os fundamentos da nossa política econômica exitosa, mas, ao mesmo tempo, iniciamos uma mudança estrutural que tem, como sustentação, uma taxa de juros baixa, o câmbio competitivo e a redução da carga tributária.
Estamos conseguindo, por exemplo, uma marcha inédita de redução constante e vigorosa nos juros, que fez a Selic baixar para cerca de 2% ao ano, em termos reais. E fez a taxa de juros de longo prazo cair para menos de 1% ao ano, também em termos reais. Isso me alegra, mas confesso que ainda não estou satisfeita. Porque os bancos, as financeiras e, de forma muito especial, os cartões de crédito podem reduzir, ainda mais, as taxas cobradas ao consumidor final, diminuindo para níveis civilizados seus ganhos.
Sei que não é uma luta fácil. Mas garanto a vocês que não descansarei enquanto não vir isso se tornar realidade. Como também não descansarei na busca de novas formas para diminuir impostos e tarifas sem causar desequilíbrio às contas públicas, e, notadamente, sem trazer prejuízos a nossa política social.
E quero ressaltar que estou disposta a abrir um amplo diálogo com todas as forças políticas e produtivas para aprimorarmos o nosso sistema tributário.
Queridas brasileiras e queridos brasileiros,
O Brasil, mais que nunca, tem um presente próspero e excelentes perspectivas para o futuro. Estamos conseguindo isso graças ao talento, ao esforço e à coragem de todos vocês. Também porque o governo tem agido certo e na hora certa.
O nosso governo está preocupado, mais que nunca, com a garantia do emprego e o ganho salarial do trabalhador. A prova disso é que, ao contrário da maioria dos países do mundo, aqui não houve desemprego nem perda de direitos dos trabalhadores. E somos um dos países, um dos poucos países do mundo, onde houve ganho real de salários.
Entre outras medidas, estamos incentivando o emprego por meio da diminuição dos impostos sobre a folha de pagamento das empresas.
Existe uma coisa mais importante que tudo: aumentamos, a cada dia, a fé e o orgulho no nosso querido Brasil.
Somos, cada vez mais, um país que olha para o presente e para o futuro com um mesmo olhar de alegria, conforto e esperança.
Viva o Sete de Setembro!
Viva o Brasil!
Viva o povo brasileiro!
Obrigada e boa noite.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

João Almeida contesta argumentos do Madison

Ao que nos consta o Sr. Madison é Administrador. Ele fez parte da gestão da CASF, que deixou de herança aos beneficiários da Caixa de Assistência, a maldita cota extra. O Sr. Roberto Duarte é Engenheiro, e já foi até interditado judicialmente como gastador contumaz.
Seguramente, com esses predicados, eles não seriam os mais indicados nem para planejar um condomínio, quanto mais um plano de previdência.
2 – O Sr. Madison ao tentar desqualificar a informação da CAPAF de que a “...adesão garante o recebimento vitalício das aposentadorias e pensões”, fala que “isso foi prometido desde a Portaria 375/69...incompetência na gestão...ocultação de fatos ao Corpo Social...” O Sr. Madison parece disco furado, não toca outra sinfonia, senão a “Portaria 375/69”.
Sr. Madison, a Portaria 375/69, foi criada numa época que nem existia legislação reguladora para Fundos de Pensão. O Sr. passou tantos anos nos Conselhos da CAPAF, sempre assinou pareceres aprovando as contas da Administração. Será que o Sr. também foi incompetente? O Sr. também foi submisso? Será que Sr. escondeu algo do Corpo Social? Ao que nos consta, o CONDEL e o CONFIS, estavam acima da Diretoria Executiva, e todo mundo sabe que ordens são hierárquicas. Quantas vezes o Sr. propôs mudanças ou adequações à legislação aos Regulamentos dos Planos da CAPAF? Ou será que o Sr. comparecia às reuniões dos Colegiados apenas para comer lanche, tomar cafezinho e garantir o jeton?
3 – O Sr. Madison tem como característica, além do ressentimento, o “dom“ de distorcer as palavras dos outros. Ele as retira de seu contexto real e as coloca num contexto surreal e cheio de alucinações. Quando a CAPAF afirma que “as diretrizes e condições básicas dos planos não foram alteradas”, acredito não ser “sofisma”, mas sim, a ratificação do compromisso assumido enquanto Instituição. Diferentemente daquelas “Entidades” que assinam documentos e posteriormente não reconhecem o que assinam.
4 – O Sr. Madison insiste em dizer que não há garantias à afirmação da CAPAF de que “o Banco da Amazônia continua sendo Patrocinador da CAPAF”. Penso que, é preferível acreditar na garantia de Instituições como Banco da Amazônia e CAPAF, que apresentaram documentos, do que na fala tendenciosa de uma pessoa que não contribui com nada além da discórdia.
Sr. Madison, o Sr. fala, fala, fala e não diz nada, seja objetivo. Sr. Madison, a Lei é clara (Lei Complementar 109, Art. 25): para que ocorra a retirada de patrocínio, o Patrocinador é obrigado a integralizar os compromissos dos participantes. Isso pode ocorrer com qualquer plano, seja ele do tipo CD ou BD. Portanto, não venda a falsa ilusão de que o BD é intocável.
O Sr. Madison juntamente com seus colegas da AABA, AEBA e Sindicato do Maranhão, fizeram discursos cheios de palavras de ordem, dizendo não aos planos, que essa história de Intervenção era para aterrorizar os participantes, pois o Sr. Ministro iria ver o caso CAPAF, etc. Resumindo, conforme prevê a Lei, no dia 04/10/2011, foi decretada a Intervenção na CAPAF. Leia a legislação, vejam quais são as possíveis conseqüências após a Intervenção!
5 – O Sr. Madison insiste em querer ver o contrato através do qual “o Banco da Amazônia colocará o valor aproximado de R$1,2 bilhões de Reais”. Sr. Madison, melhor do que ver o contrato é ver o benefício creditado na conta, em dia, é saber que as reservas estão sendo integralizadas, independente se 25 ou 30 anos.
Aqui cabe um registro, o AmazonVida (Plano Misto), que outrora foi taxado de “Amazonmorte”, tinha um contrato em 25 anos e foi liquidado em 5 anos, salvo melhor juízo, o Sr. lembra disso? O Sr. leu o contrato do Plano Misto? Será que o Sr. viu nos balancetes da CAPAF a entrada do recurso? Ah! o Sr. era contra o AmazonVida. Vai ver que por isso não deve lembrar dos balancetes.
6 – O Sr. Madison diz que quando a CAPAF afirma que ”a contribuição do Participante será de 27,16%”, “ela esconde que esse percentual é projetado para um índice de adesão de 95%...” Sr. Madison, não deturpe a realidade, em momento algum a ADESÃO aos Planos, iniciadas em 20/08/2012, ficou condicionada a um percentual. O percentual de 27,16 % foi determinado na apuração do déficit, informe-se, leia as cartilhas dos Planos. O Banco vai pagar 72,84% (aproximadamente R$ 1,2 bilhões), a diferença, 27,16% é a contribuição dos participantes.
7 – Sr. Madison, empáfia, presunção e arrogância costumam ser vício de tolos. Quando a CAPAF afirma que “nenhum participante vai ter redução no valor do benefício” e que “mais de 70% terão aumento”, certamente ela não está operando milagres e tampouco sendo mais poderosa que Cristo. Conversei com diversas pessoas e todas confirmaram um aumento no benefício através do simulador. O Sr. já fez sua simulação? Seu benefício foi reduzido? Acredito que não, pois o Sr. que fala tanto em Lei, deveria saber que a legislação não permite redução de benefícios. Entretanto, no caso de liquidação extrajudicial, o benefício não é reduzido, mas sim, extinto! E, lamentavelmente, se chegar a esse extremo, a liquidação extrajudicial, somente Deus, que é Pai de Cristo, poderá ajudar os pobres mortais.< /div>
8 – O Sr. Madison diz: “o artifício do PCCS/94 estendido aos assistidos e com a implantação do Amazonvid, às avessas da legalidade...” Como é paradoxal a sua postura, Sr. Madison, ao tempo que o Sr. afirma que as ações do Banco e CAPAF são “artifício” e “avessas da legalidade”, o Sr. trabalhou anos, em uma, e foi conselheiro, em outra. Ééégua!, Vai gostar de ter vínculo com Instituição “à margem da legalidade”, lá na caixa prego!.
O Sr. só faz referência ao Banco e CAPAF relacionado-os a atos à margem da legalidade. O Sr. usou de algum “artifício” ou praticou ações às “avessas da legalidade” nessas Instituições? O Sr. defende que participantes ingressem judicialmente requerendo vantagens baseadas no PCCS/94, a exemplo do CAF? Sr. Madison, o Sr. defende que seus colegas peticionem vantagens oriundas de um “artifício” ou “às avessas da legalidade”?
Amigos bancreveanos, fiquem atentos aos discursos de AABA, AEBA e Sindicato do Maranhão. As garantias que eles sustentam sobre a bendita Portaria 375/69 não são extensivas a todos os participantes e beneficiários (ATIVOS, APOSENTADOS e PENSIONISTAS), mas tão somente àqueles com data de admissão, no Banco, até 09/01/1975 (fim da vigência da Portaria).
Não precisa fazer muito cálculo, para concluir que existe um grande contingente de participantes e beneficiários que estão sendo contaminados pelas promessas da Portaria 375/69, mas sequer tem conhecimento que não estão sob o abrigo da mesma.
Amigos bancreveanos, muitos desses que estão contra os Planos da CAPAF (AABA, AEBA e Sindicato do Maranhão), não fazem parte da CAPAF, não possuem reservas, não tem como única fonte de sustento familiar o benefício, pelo qual contribuiu durante mais de 30 anos, e que na falta deste, ficarão somente com a renda do INSS.
Novamente quero deixar claro que não defendo o Banco ou a CAPAF. Estou defendendo meus interesses, principalmente no que diz respeito à minha reserva de poupança ou benefício, pois são quase 30 anos de contribuições que correm o risco de ir pelo ralo, uma vez que, em caso de liquidação da CAPAF, meus direitos, que não estão sob o abrigo da Portaria 375/69, poderão ser contabilizados num precatório qualquer, que um dia, quem sabe, poderá vir a ser pago.
João Almeida
Participante da CAPAF

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

De questão previdenciária para caso de polícia

A “sutil” alteração implica, ardilosamente, na afirmação de que o percentual de contribuição dos participantes que migrarem aos novos planos será de 27,16%, percentual divulgado em panfleto editado pela CAPAF, como se perene fosse. Ergue-se, portanto uma falsa premissa, assentada no criminoso propósito de enganar os menos avisados, tudo porque esse percentual “camarada” foi projetado sob a hipótese de 95% de adesões aos Planos Saldados. Uma afirmação que fere os princípios da ética e da moralidade que deveriam presidir o projeto de implantação desses chamados novos planos da CAPAF, porquanto, todos sabem que ao final de cada exercício civil os planos terão as suas bases e premissas atuariais reavaliadas, disso redundando, invariavelmente, o REALINHAMENTO DO PLANO DE CUSTEIO para o exercício seguinte. E aí, qualquer mascaramento destinado a contribuir com a aceitação dos Planos virá à tona, nada mais nada menos que através do aumento de contribuições ou redução de benefícios.

No mais, ressalte-se que dentre os objetivos mais perversos da CAPAF na tentativa de implantar os Planos Saldados está o propósito de garfar direitos líquidos e certos das Pensionistas que desde 1991 estão recebendo os seus proventos criminosamente calculados em valores equivalentes a quase metade do que têm direito. Tal aberração, mesmo insistentemente tratada no âmbito do Conselho Deliberativo da CAPAF, sob provocação do Conselheiro Francisco Sidou, com registos das suas posições nas atas do Conselho, mereceu pelo voto de maioria dos seus membros, renitentes protelações para ser ”resolvida” no bojo dos pretensos Planos Saldados, assim permanecendo, ainda que, recentemente, tamanha anomalia tenha sido reconhecida pela Comissão de Inquérito em curso na CAPAF, como ato de gestão irresponsável.

Segundo o panfleto emitido pela CAPAF para esclarecer “O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE OS NOVOS PLANOS”, “ o cálculo dos benefícios das pensionistas será ajustado nos novos Planos Saldados”. Há, portanto mera promessa para um futuro AJUSTE DOS CÁLCULOS – e somente dos cálculos. Nada sobre a liquidação do PASSIVO DEVIDO A CADA PENSIONISTA, HÁ MAIS DE 21 ANOS, que, certamente, ficará no “esquecimento”. E então, a questão deixa de ser previdenciária para se tornar CASO DE POLÍCIA.

Para finalizar, entendo que a implantação dos Planos Saldados, o que certamente será levado a cabo pela Interventoria da CAPAF, em estreita parceria com o BASA, não terá efeito sobre a Sentença de Mérito emitida pela 8ª Vara do TRT/PA (obrigando o BASA a complementar os benefícios do pessoal do BD), salvo em relação aos participantes que, acaso, não tiverem a capacidade de resistir aos assédios da CAPAF, dentre eles a afirmação de que o plano BD será extinto para quem não migra; como se a Intervenção pudesse “legislar” sobre matéria trabalhista, integrada ao contrato de trabalho de cada participante do BD CAPAF, conforme já pacificado tribunais à fora). Somente em relação a quem migrar, o citado processo perderá objeto.

No mais, parece razoável entender que a implantação dos Planos Saldados não bastará para eximir o BASA da obrigação de pagar tudo o que deve, digamos, à ”massa falida” do Plano BD. Muito pelo contrário os valores devidos simplesmente devem ser incorporados ao patrimônio do Plano, independentemente do número de participantes remanescentes. Como o exposto no parágrafo anterior, eis que o magnânimo Dr. Deusdedith Brasil poderia discorrer com a propriedade que lhe é peculiar, a exemplo da brilhante matéria publicada em O Liberal (em edição do ano passado) demonstrando que a CAPAF não pode ser liquidada.

sábado, 1 de setembro de 2012

Presidente da AEBA é entrevistado pelo blog

Blog - O que a AEBA está recomendando aos seus associados, notadamente aos que já possuem tempo para a aposentadoria e não estão seguros da opção que devem tomar?

Silvio – Estamos orientando nossos associados, inclusive a partir de deliberação do XI – Encontro Nacional dos Empregados do Banco da Amazônia (ENEB) que NÃO ASSINEM O TERMO DE ADESÃO! Nossa segurança não está na adesão, nossa segurança está nos contratos originais, os quais podemos executar judicialmente. Não podemos confiar na diretoria do Banco da Amazônia e no interventor da CAPAF. Esse presidente do Banco não verá a implantação dos Planos Saldados, ele deve sair, pois já está com cinco anos na empresa, não sabemos qual será a postura do próxima presidente, não podemos nos apoiar nas palavras e nas boas intenções dos gestores que passam pelo Banco, nossa segurança está na convicção que temos de que vencer como estamos vencendo a batalha na Justiça do Trabalho. A única forma do Banco reverter a decisão judicial no processo n. 302-75.2011.5.08.008 é atingir um número significativo de migração no Plano BD. Os participantes do BD devem estar cientes que ao migrarem não entregam apenas os direitos individuais, acabam por entregar também os direitos coletivos.

Blog - É certo que a AEBA e a ABBA pretendem levar o assunto CAPAF para discussão no Congresso Nacional? Há tempo suficiente para que essa ação possa gerar efeitos práticos junto à Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC?

Silvio – Quando atuamos à frente de uma entidade representativa de uma categoria, temos que ter a capacidade de trabalhar com cenários. Nossa reunião com alguns Senadores, que não posso adiantar já está pré-agendada, na pauta está o tema da CAPAF. Vamos solicitar aos senadores que se mobilizem para questões imediatas e também para questões futuras. Mais imediatamente, vamos solicitar aos senadores a abertura de uma CPI para a CAPAF ou de um instrumento que aprofunde as investigações iniciadas pela Comissão de Inquérito do Ministério da Previdêmcia/PREVIC. Vamos solicitar também que os senadores verifiquem a possibilidade de aporte de recursos, vamos solicitar que seus gabinetes acompanhem o andamento da ação judicial da AABA quando esta ação chegar a Brasília e por fim vamos solicitar uma reunião com a Casa Civil e Fazenda para uma análise da proposta apresentada pelas entidades, que é a melhor proposta e também a mais viável financeira e políticamente. .

Blog - A AEBA e a AABA vão fazer alguma denúncia ao Ministério Público e aos parlamentares sobre assédio moral a participantes e assistidos para aderirem aos novos planos saldados da CAPAF?

Silvio – Estamos providenciando a documentação necessária para essa iniciativa e certamente o faremos.

Blog - É certo que a Comissão de Inquérito nomeada pela PREVIC para apurar as causas do desequilíbrio atuarial da CAPAF só indiciou gestores de 2006 em diante e isentou o Banco da Amazônia, como patrocinador, de qualquer responsabilidade sobre a falência da CAPAF?

Silvio – De certa forma sim. Temos a convicção de que os problemas da CAPAF que estão na origem do déficit são muito anteriores a 2006. Mas a comissão de inquérito trabalhou com um limite de tempo legal. Já questionamos formalmente a PREVIC sobre as lacunas do processo cuja principal é a omissão quanto as causas que levaram ao déficit que constitui um dos pontos mais importantes da portaria que instituiu a comissão de inquérito. A PREVIC nos respondeu afirmando que os trabalhos da comissão não se encerraram e que o relatório de ultimação é apenas a primeira parte do trabalho. Neste relatório, realmente não houve qualquer apontamento sobre as responsabilidades do patrocinador / instituidor, mas continuaremos cobrando uma posição mais objetiva e correta da comissão. Interessa-nos saber o que levou ao déficit até por que temos clareza que um estudo sério apontará o Banco como responsável.

Blog - A antiga SPC já não havia listado várias irregularidades e omissões praticadas pelo patrocinador da CAPAF em relatórios de inspeção e auditoria realizados desde a década de 90? A Comissão de Inquérito não teve conhecimento desses relatórios?

Silvio – Não posso afirmar com certeza, mas acredito que sim. Uma vez iniciados os trabalhos da comissão esta teve acesso a todos os documentos e arquivos existentes sobre a CAPAF em todas as esferas. Indiciar apenas gestores (diretores e conselheiros) da CAPAF de 2006 em diante, na verdade, parece uma cortina para cobrir com fumaça " as partes" do Banco da Amnazônia como patrocinador e instituidor do Fundo de Pensão, cujas diretorias e maioria dos membros dos Conselhos sempre indicou e nomeou a seu talante, sem qualquer preocupação com a qualificação ou treinamento desses gestores. Por fim quero alertar aos participantes para que não se preocuparem com a ameaça de liquidação. Se a liquidação da CAPAF resolvesse os problemas do Banco e da PREVIC ela já teria ocorrido. A liquidação não resolve os problemas do Banco e da PREVIC, que é exatamente a responsabilidade financeira do Banco da Amazônia. A única coisa que pode resolver esse problema é a adesão e a renúncia dos participantes ao direito que lhes assiste. Informe-se, leia os regulamentos, leia o site da AEBA – não tome uma decisão no escuro. Nós já analisamos a questão de todos os lados e em nossa análise apenas uma atitude nos protege: confiar na justiça do trabalho e manter nossos contratos, não renunciar aos direitos, não temos nenhuma razão para confiar na CAPAF: A ADESÃO TEMERÁRIA É UM AUTÊNTICO SUICÍDIO PREVIDENCIÁRIO!