sexta-feira, 24 de junho de 2016

Festas juninas

A alegria, marca das festas populares, é também uma virtude cristã, pois Deus quer filhos felizes e alegres, mesmo em meio a tantas dificuldades pelas quais passa nosso povo. Por isso, São Paulo insistia: "Alegrai-vos, mais uma vez exorto, alegrai-vos"! Que as nossas comunidades saibam valorizar as festas juninas como serviço à fraternidade e como manifestação autêntica da verdadeira alegria.

O que caracteriza estas festas é que elas, apesar da mudança de época, em geral mantêm a pureza e a beleza iniciais, desafiando modismos ou inovações. Ainda hoje são celebradas com entusiasmo, com comidas e bebidas típicas, com trajes caipiras e danças, sobretudo da quadrilha, sendo eloquente expressão de convivência e de fraternidade, apanágios fundamentais para o escopo da sociedade humana em que somos convidados a viver em harmonia e a construir a paz e o respeito mútuo. Podem variar um pouco conforme a região do país, mas têm muitos traços comuns.

São vários os símbolos dessas festas, mas os mais comuns são: a fogueira – criada desde os tempos mais antigos para agradecer pela fertilização da terra e pelas fartas colheitas. Além disso, por manifestar tanto o bem quanto o mal; o bem por representar a criação, a luz, e o mal por ser um elemento destruidor.

Os balões foram criados para lembrar as pessoas do início da festa. Porém, essa prática deu início a grandes incêndios, e passou a ser proibida. Hoje existe uma lei que proíbe o uso dos mesmos, a fim de evitar maiores acidentes. As bandeirolas surgiram por causa dos três santos: São João, Santo Antônio e São Pedro, onde estes eram pregados nas bandeiras para serem admirados durante a festa. Assim, passaram a fazer bandeirinhas pequenas e coloridas para alegrar o ambiente da festa.

Os fogos de artifício são usados para festejar e chamar a atenção para o momento alegre. A quadrilha, a dança típica, é uma forma de agradecimento pelas boas colheitas feita aos santos juninos.

As comidas típicas também são símbolos juninos, como forma de agradecimento pela fartura nas colheitas, principalmente do milho. A festa se tornou farta em seus deliciosos quitutes.

As festas juninas vieram para o Brasil na época da colonização, trazidas pelos portugueses. São de origem francesa, por isso nas danças aparecem várias palavras nessa língua.

A Conferência de Aparecida ressalta que “Em nossa cultura latino-americana e caribenha conhecemos o papel tão nobre e orientador que a religiosidade popular desempenha, especialmente a devoção mariana, que contribuiu para nos tornar mais conscientes de nossa comum condição de filhos de Deus e de nossa comum dignidade perante seus olhos, não obstante as diferenças sociais, étnicas ou de qualquer outro tipo”. (DAp, 37).

Os bispos em Aparecida reforçaram o respeito pela religiosidade popular e pedem a valorização por estas bonitas expressões: “Esta maneira de expressar a fé está presente de diversas formas em todos os setores sociais, em uma multidão que merece nosso respeito e carinho, porque sua piedade reflete uma sede de Deus, que somente os pobres e simples podem conhecer. A religião do povo latino-americano é expressão da fé católica. É um catolicismo popular, profundamente inculturado, que contém a dimensão mais valiosa da cultura latino-americana”. (DAp, 258).

Que possamos celebrar este mês com toda alegria e fé, pois estas confraternizações aumentam em nós a capacidade e o cultivo da cultura do encontro. Também uma virtude cristã, pois Deus quer filhos felizes e alegres, mesmo em meio a tantas dificuldades pelas quais passa nosso povo. Santos juninos, intercedei por paz para o nosso país!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Santarém: Te lembras?

-do Cinema Olímpia, do “seu” Loureiro, exibindo filmes seriados de “bangue-bangue”, com a Corina vendendo os ingressos e o Reginaldo eo Edmundo na portaria?

-das professoras Agripina Matos, Hilda Mota, Zulmira, Edith e Beth Bemerguy, Teresa Miléo, Gersonita Imbiriba Carneiro, Celeste Guerreiro, Dalva Bezerra Coelho, Maria Luiza Mendonça, Hermínia Simões, Delzuita e Lucíola Freire, Rosilda Wanghon, Nazaré Demetrio, Helena Lisbôa, Teresinha Corrêa, Sofia Imbiriba, Zuzu e Delfa?

-dos professores Nicolino Campos, Emir Bemerguy, Antônio Pereira, Rodolfo Carneiro, Antônio Veloso Salgado (Ninito), Olindo Neves, Francisco Pereira e Reinaldo Teixeira Fernandes?

-da agência de aluguel e consertos de bicicletas do Maurício Castanho e Getúlio Serique?

-do automóvel Nash Super, cor verde claro, de proprriedade do Dácio Campos e dirigido pelo Lourival (Lauri) Wanghon?
-do Estaleiro Juca Figueira, do Raymundo Figueira?

-do programa “Correspondente E-29”, da Rádio Rural, transmitindo mensagens para o interior, tipo: “Atenção Antônio Calça Curta, no garimpo Crepurizinho: se você puder, mande logo um dinheirinho porque aqui em casa está faltando tudo, estamos mendigando comida dos vizinhos, a situação está ruim... só vendo. A tua filha Joseane pegou um sarampo de lascar. Gastamos muito e estamos devendo na farmácia e na taberna do Neco. Não vai gastar dinheiro com as raparigas. Bote juízo na cabeça. Um abraço da tua mãe Carmem.”- ?

-do Cinema São José, do Antônio Loureiro Simões (Simõesinho)?
-dos irmãos da Santa Cruz: Genardo, Ricardão, Júlio, Francisco, Paulo, Ernesto, Jaime, João, Norberto, Tomé, Geraldo, Kevin, Edwin, Leonardo, Ronaldo, Haroldo e Guilherme e Zé Ricardo?

-das “irmãs” Felicitas, Balbina, Júlia, Canisia, Sabina, Consolata e madre Epifânia, do Colégio Santa Clara?

-dos bispos Dom Amando, Dom Anselmo, Dom Floriano e Dom Tiago?

-dos religiosos da igreja católica: “frei” Domingos, Vianey, Prudêncio, Nestor, Rogério, Hugo, Plácido, Vitorino, Otmar, Juvenal, Severino, Tadeu, Osmundo, Vicente, Anselmo e padre Manoel Albuquerque? E do pastor Sóstenes Pereira de Barros, da Igreja Batista, e primeiro diretor do Colégio Alvaro Adolfo da Silveira?

-dos advogados: Nestor Miléo, Silvério Sirotheau Corrêa, Ubirajara Bentes de Souza, Alarico Barata, Amando Homem e Alberico Nóvoa?

-dos médicos: Haroldo Franco, Wilson Maia, Everaldo Martins, Martorano e Aloísio de Andrade Melo?

-dos caminhões pau-de-arara do Manoel Rufino e Manoel Mota, transportando cargas e passageiros no trecho Santarém/Belterra/Santarém, com parada no bar/lanchonete da Dona Mariana, na colônia Morada Nova, onde era servido saboroso café com broa e tapioquinha ?

-dos barcos “O Mocorongo” (do Bibito Campos), “Santa Maria” (do Leonel Neves), “Lago Grande” (da família Corrêa), “Corjesu” (dos padres franciscanos), “Líbano” (do Nicolau Demetrio), “Deoclécio” (do Raimundo Figueira) e “Frazão” (do Humberto Frazão) ?

...dos estabelecimentos comerciais “A Primavera” (dos Faria), “Loja Malheiros” (do Vicente Malheiros), “A Curiboca” (do Joaquim Duarte), “A Violeta” (do Elias Hage e Servulo Matos), “Casa Elza” (do Nicolau Demetrio), “Casa Martins” (do Joaquim Martins), “Casa Matos” (do Domingos Matos), “Casa Coêlho” (do Alfredinho Coêlho), “A Pernambucana” (gerenciada pelo Moacir Lopes), “A Graciosa” (do Almerindo Ferreira); “Foto Santarém” (do Vidal Bemerguy), “Casa Vitória” e “Padaria Vitória” (dos Coimbra), “Sapataria Selma” (do Duquinha Cardoso), “Casa Miléo” (dos Miléo), “Casa Bôa Esperança” (do Tuji), “Depósito Americano” (do Maurilio Marques), “Casa Mimi” (do Joaquim Pereira), “Canto Redondo” (dos Corrêa), “Casa Liebold” (do João Liebold), “Casa Popular” (de Elizabeth Lopes), “Casa Laranjeira” (do Laranjeira, aquele que só andava de bicicleta), “Foto Iracema”(do Bernardo Keuffer), “Casa Nova Aurora" (do Miguel Berbary), “Café do Povo” (do Severino Frazão) e “Empresa Universal” (do Carlos Monteiro) e "Padaria Luci" (do Joaquim Gonçalves) ?

-da SUCAM, com o Petronilio Oliveira comandando uma equipe de “guardas mata-mosquito” que borrifava periodicamente os imóveis residenciais e comerciais ?

-das farmácias “Veloso” (do Mingote, Ninito e Carlito), “Do Povo” (do Vicente Miléo e “Matos” (do Otaviano Matos)?

-das debutantes de 1979, do Centro Recreativo: Ana Consuelo de Mendonça Cerqueira, Elizabeth Lopes Lisboa, Susan Milene Serruya, Leonor Esmeralda Cohen Dias, Rosana Lima da Silva, Cristiane Maria Alencar de Oliveira, Sebastiana Lúcia Lobato de Almeida, Maria do Perpétuo Socorro Almeida Fernandes, Silvia Maria Neves Vasconcelos, Kelma Vieira Régis de Souza, Maria Beatriz Iida Imbiriba, Rosana Cristina Oliveira Lobato e Célia Carolina de Vasconcelos Wanghon?

-da fábrica de mosaicos do português Carlos Monteiro?

-das ventarolas de patchuli confeccionadas pela Dona Dica Frazão; dos quadros pintados pelo João Fona e dos sapatos feitos sob medida pelo “mestre” Balão?

-da Companhia Brasileira de Agricultura (CBA), no alto da serra do Piquiatuba, dirigida pelo Joaquim Lopes?

-dos hotéis “Mocorongo”, “Oriental”, “Nova Olinda”, “Modêlo”, “Uirapuru” e pensão da madame Odete?

-das debutantes de 1967, do Centro Recreativo: Betânia Duarte, Erlinda Neves, Wirley Vieira, Graça Cabral, Aldanita Loureiro, Djelma Neves, Nazaré Vasconcelos, Zeila Diniz, Solenilda Silva, Eucely Dourado, Inês Gonçalves, Fátima Bentes Oliveira, Paula Pereira Fona, Celeste Chaves, Delma Régis, Maurizete Marques, Moema Lisbôa Machado e Alaíde Neves?.

-do “culhão completo” (dois ovos e uma linguiça) vendido pelo Zé Olaia em sua banca no velho mercado?

-dos saborosos refrescos preparados pelo Braúlio e pelo Américo, vendidos nos campos de futebol ?

-do navio Aquidaban atracando no velho trapiche, conduzindo os jovens santarenos que estudavam em Belém?

-das catraias do Preto Arnaldo, Nilo, Alonso, 16 e Maia (pai do Balanga, Cocola e Baiéco)?

-do Zeca BBC, exímio mecânico, que durante o trabalho ou nas horas de folga falava de tudo e de todos e que sempre estava disposto a ajudar as pessoas, principalmente em casos de doenças?

-dos abnegados “cartolas” do futebol: Everaldo Martins, Boanerges Sena, José Lopes e Antonio Pereira, do São Raimundo; Edenmar Machado, Otávio Pereira, Didimo Souza, José Maria Matos e Washington Gonçalves, do São Francisco; Elpidio Moura e Sabazinho Caldeira, do Veterano; João Souza e Sérgio Branco, do Flamengo; Almir Vilhena, do Náutico; Dr. Wilson Maia e Manoel de Jesus Moraes, do América; Elvio Fonsêca, Clineu e Juarez Ávila, Britão e “Pinta Cuia”, do Fluminense?

...do “Café Chique” do Anselmo Oliveira e Gito Colares; do “Bar Brasil” do Hermínio Tavares (pai do padre Raul); e do “Tapajós Bar”, do Onair?

-da quadra junina, com as fogueiras acesas em frente às casas, no leito das ruas de chão batido?

-das debutantes de 1965 do Centro Recreativo e seus paraninfos? Antonieta Frazão Merabet (Humberto de Abreu Frazão), Maria de Lourdes Coelho (Geraldo Braga Dias), Regina Maria Carvalho Silva (Jaime de Carvalho), Maria Edith Cardoso (João Vieira Cardoso), Ana Rita Pereira (Joaquim da Costa Pereira), Elza Diniz (Alberto Diniz), Fátima Quaresma (Evandro Diniz), Wilse Vieira (José Maria Matos), Selda Faria (Joaquim Gomes de Faria), Jarina Campos Pereira (Antônio Campos Pereira), Maria Lucrécia Miléo (Everaldo de Souza Martins), Filomena Bastos Cunha (Waldemar Cunha), Maria das Dores Fonseca (Wilson Dias Fonseca) e Sandra Paixão (Mimi Paixão).

-da bela e charmosa Sabá Gama (ou Tiana), musa inspiradora da música "Moça", do cantor Wando?

-dos árbitros de futebol: Roosevelt Gonçalves, Ismaelino Santos (Arara), Artur Martins, Anastácio Miranda, Miguel Coruja e Mário Borges?

-dos garçons: Itamar (Centro Recreativo) e “Ligeireza” (Bar Mascote)?

-dos “Marianos”, das “Filhas de Maria” e dos meninos da “Cruzada”?


-dos barbeiros: Noronha, Alberto, Peruano e Barbeirinho?

-dos políticos: Ubaldo Corrêa, Belarmino Paiva, Duca Moraes, Adherbal (Babá) Corrêa, José Maria Matos, Elias Pinto, Joaquim Martins, Silvio Braga, Gonçalo Ferreira Lima, Santino Sirotheau Corrêa, Armando Lages Nadler, Clementino Santana Lima, Isaias e Flamarion Serique, Paulo Lisboa, Demetrio Negrão, Elizeu Maia, Alberto Campos de Castro, José Maria da Costa, Braz de Alcântara Rebelo, Osman Bentes de Souza, Humberto Frazão, Juventino de Souza Lira, Manoel Mota, José Saraiva Macêdo, Juca Aguiar e Luiz Alexandre Valentim?


-do delicioso açaí preparado pela Dona Silvia e o seu esposo Abdon, vendido no arraial da festa da padroeira?

-da escadaria que dava acesso ao Grupo Escolar Frei Ambrósio, no alto da antiga Fortaleza?

-da Boate da Valéria? E a do Tropical Hotel?

-do “rala-rala” vendido pelo Américo Coelho na calçada da Casa Martins, localizada na rua João Pessoa, hoje, Lameira Bittencourt)?

-da charmosa e bela Gonçala Freitas, belterrense, eleita Miss Santarém e Miss Pará?

-das serenatas com as belas vozes do Machadinho, Armando Soares e Expedito Toscano, com acompanhamento de João Fona e Diorlando Pereira, violonistas; e Laudelino Silva, cavaquinista?

-dos “garbosos” rapazes do “Dom Amando” e dos “brotinhos” do Colégio Santa Clara, nos desfiles de 7 de setembro?

-da dança do boi “Estrelinha”, da Escola Carequinha?

-das festas no Centro Recreativo, principalmente o Baile das Debutantes, o carnaval e o reveillon, com as irmãs Nicota e Joanica, no “sereno”?

-do hino de Santarém – letra de Paulo Rodrigues dos Santos e música e Wilson Fonsêca (Isoca): “Santarém do meu coração ! / Terra mimosa, de paz e sonhos de amor / Santarém do meu coração ! / Lindo jardim, vivaz, canteiro do Céu todo em flôr / Santarém , princesa da luz / de praias alvas e campinas verdes, rio de anil / onde flutuam iaras mil / loucas, ao léo na onda zul / Santarém, meu Pará, meu Brasil / flor das margens virentes/ formosas, ridentes / do meu Tapajós azul / azul como o céu / quero cantar meu torrão, Santarém / terra de encantos, de amor e de luz / onde o cruzeiro sem véu espelha a sombra da cruz do céu.

-dos apelidos: Quicé, Xixito, Satuca, Ninito, Mingote, Mamá, Gigi, Dororó, Biluca, Mimico, Didó, Biló e Ximico, Alarga Rua, Caixa d’água, Babico, Manga-dura, Pimpão, Pixirito, Pojó, Xelêco?

-das festas e madrugadas no “Vai-quem-quer”, “Sombra da Lua”, “Trem”, “Fuluca”, “Corre Liso” e “Copacabana”, onde as “raparigas” faziam ponto e eram amadas nos quartos alugados pela Maria Moraes?

-dos juízes de Direito, Manoel Cacela Alves e Alvaro Elpídio Amazonas. E das juízas Albanira Bemerguy e Floracy Fonseca?

-dos povoados e vilas: Aritapera, Arapixuna, Tapará, Ituqui, Arapiuns, Boim, Curuá-Una, Lago Grande, Curuai, Marimarituba, Paracari, Mojuí dos Campos, Colônia São José, Belterra, Cajutuba, Aramanaí e Alter do Chão?

-dos craques de futebol: Balão, Noronha, Zé Maria Pretinho, Aloisio Saraiva, Anastácio Miranda (Beleza Preta), Mindó, Dudinha, Valdo Abdala, Caim, Bufalo, Cão Pelado, Manoel Maria, Afonso, Ataualpa, Nelson, Guilherme e Valério Alves, Tovica, Edson Pepeu, Jeremias, Cristóvão Sena, Táro, Manoel, João e David Moraes, Vovô, Dário Tavares, Piraca, Sujeira, Bosco, Zé Aurélio, Navarrinho, Creuso(Padreco), Galo, Cabeleira, Quicé, Dedé, Sujeira, Joacyr Lopes, Bigode, Cabecinha, Rubens (Cachorro), Cessebuta, Cangurú, Romano, Truíra, Pão Doce, Xabregas, Cuca, Surdão, Mazinho, Bosco, Estemir Vilhena, Binga, Doca, Bigorrilho, Helvécio, Pedrinho Araújo e Bimba?

-do hino do São Francisco Futebol Clube (Leão Azul), de autoria de Emir Bemerguy: “Tenho orgulho de ser “franciscano”/ e uma intensa emoção me domina/ quando vejo brilhar todo o ano/ a ardorosa torcida azulina !/ São Francisco valente de guerra/ clube eleito do meu coração/ porque teu destemor não se encerra/ nos estádios de chamam Leão!”?

-do PF(prato feito) servido nos eventos sociais, contendo uma fatia de pão-de-ló, um sanduíche, dois canudinhos, dois pastéis e uma porção de galinha com farofa?

-da escola de datilografia da dona Anita (Ninita) Fonsêca Campos?

-do interventor Elmano de Moura Melo e dos prefeitos nomeados pro-tempore: Osvaldo Aliverti, Antônio Guerreiro Guimarães e Adelerme Cavalcante?

-dos papagaios coloridos confeccionados e vendidos pelo Renato Sussuarana?

-do Castelo e do Teatro Vitória?

-da “Turma do América” (Maurílio Pinto, Solano, Arnaldo Joseph, Pachá, Márlio Cunha, Zé Camaleão, Estemir Vilhena, Licurgo, Aloísio Saraiva, Manoel e João Moraes, Vovô, Guilherme, Nelson e Valério Alves, Clementino Lima, Paca Toca, Ercio e outros) que se reunia todas as noites em um dos bancos da praça da Matriz e, depois, no Bar Mascote, e que tinha lugares cativos no Cinema Olímpia?

-das festas nas sedes do Santarém Clube, Flamengo, Veterano, São Raimundo, Sindicato dos Estivadores e na residência do Bezerrão?

-do Rai x Fran, disputado no velho Estádio Adherbal Tapajós Caetano Corrêa, sempre com a presença da Caçula, fanática torcedora azulina?

-dos jogos de futebol-pelada nos fins de tarde na praia do Trapiche, com o “gol das seis”, quando a “macaca” (valia tudo) era liberada?

-da galinha assada com farofa preparada pela Maroquita e vendida em frente à casa de festa da Fuluca?

-do bloco carnavalesco “Breguelhegue”, organizado e comandado pelo Márlio Cunha, integrado, entre outros, por: Arnaldo Joseph, Pachá, Ercio Bemerguy, Dorivaldo Rodrigues, Clementino Santana Lima, Paca-Toca, Maurilio Pinto, Zé Camaleão, Licurgo Anchieta, Guilherme Alves, Odilson Matos, Manoel Moraes, Aloisio Saraiva, Josue Monteiro, Dário Tavares, Ruth e Marlene Santos, Carlos Meschede, família Cunha (Marlidio, Marli, Marlice, José e Marlisa), cantando o hino “Lá vem, lá vem ele, trazendo a vitória na mão/ tem rapazes, tem meninos, tem mulher/ vai ver quem é/ é o Breguelhegue ! / temos o Márlio para o respeito dar/ e a turma é da fuzarca prá brincar o carnaval!”?

-do Zé Serruya, o folião mais alegre e animado nas festas de carnaval do Centro Recreativo?

-do “PAUMARI”, da Dona Bibi e dos guaranás “SACIL” - do coronel Mario Imbiriba e “IMPERIAL” - do Paulo Lisboa?

-das praias: Maria José, Vera-Paz, Pajuçara, Arariá, Salvação, Alter-do-Chão, Maracanã, Coroa de Areia, São Marcos, Ponta de Pedras, Laguinho e Mapiri, em Santarém; Pindobal e Porto Novo, em Belterra?

-dos igarapés Irurá, Urumari e Cambuquira?

-das missas dominicais na igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição, onde existe a imagem do Cristo Crucificado, doada pelo cientista Von Martius?

-da vila de Belterra (transformada em município em janeiro de 1997), construída pela Companhia Ford Industrial, com seus imensos seringais, suas casas de madeira com sotão e frentes ajardinadas e seus times de futebol União Futebol Clube e Atlético Belterra Clube?

-das disputas de sinuca no “Café Chic” com a participação dos “cobras” Juarez, Matrinchão, Darlos e Dorivaldo Rodrigues, Raimundinho, Arnaldo Joseph e Dário Tavares e dos “amadores” Eduardo Antunes, Dário Coimbra, Joaquim Duarte e mestre Sena?

-do Malaquias, Zé Buraco e Porco exímios dançarinos, dando show no salão do “Vai-quem-quer” e da “Fuluca”?

-da ZYE-29 Rádio Educadora de Santarém (hoje, Rádio Rural), instalada pelo Frei Nestor, dirigida por Antonio Pereira, Osmar Simões, Francisca Carvalho, Frei Juvenal, Manoel Dutra, Padre Edilberto Sena, Padre Waldir Serra, Anadir Brito e Haroldo Sena, com os locutores/apresentadores Ercio Bemerguy, Edinaldo Mota, Claudio Serique, Leal de Souza, Dario Tavares, Tadeu Matos, Eriberto Santos, Edmar Rosas, Santino Soares, Ferreira Pires, Abib Bechara, Wilton Dolzanes, Natalino Souza, Walter Pinheiro, Gervasio Bandeira e os controlistas de som Tadeu e Erasmo Maia, Silvério Rodrigues, Fernando Guarany, Djalma Serique, Manolo Santos, Cesário Torres e Juredir Braga?

-do programa de auditório “Domingo Após a Missa”, na Casa Cristo Rei, transmitido pela Rádio Educadora e apresentado pelo Osmar Simões e Ercio Bemerguy, posteriormente denominado “E-29 SHOW”, comandado pela dupla Ercio Bemerguy e Edinaldo Mota, do qual participavam os cantores Wilsinho Fona, Luiz de Assis, Edenmar Machado (Machadinho), Bolero, Laurimar Leal, Ray Brito, Erasmo Carlos, Ted Max, Odilson Matos, Paulo Ivan Campos, Luiz Rodolfo Carneiro, Carlos Meschede, Dário Tavares, Nelson Machado; as cantoras Vera Silva, Fátima Oliveira, Leneide Bastos, Conceição Rebelo, Conceição Albarado, Luzinéia Cunha, Telma e Shirley Lima e os músicos José Wilson, Vicente e José Agostinho (Tinho) Fonsêca, Laudelino Silva, Mimi Paixão, Marreta, Fernando Sirotheau e Jorge Marcião?

-do Movimento de Educação de Base (MEB), com aulas radiofônicas transmitidas pela Rádio Rural e com uma competente equipe composta por Iêda Campos, Aurenice Araújo, Francisca Carvalho, João da Mata, Noélia Riker, Zuila Lemos, Miraselva Correa, Arderico Pereira entre outros(as) e que promovia anualmente, a “Feira da Cultura Popular?

-da tuba do Perilão e do saxofone do Cão Pelado?

-do carro-de-boi do Antônio Português?

-do solar dos Macambira?

-da Burra Cega?

-do Antonio Pantoja, em seu caminhão, transportando lenha para abastecer as padarias e os navios a vapor atracados no velho Trapiche?

Com essas lembranças, presto homenagem póstuma às pessoas citadas e que, infelizmente, não estão mais entre nós e àquelas, também mencionadas, que continuam, ainda, contribuindo com o seu trabalho para o desenvolvimento de Santarém e o bem-estar do seu povo.
E eu sei, meu caro leitor “mocorongo”, que você lembra de muita coisa da nossa querida Pérola, que aqui não foi registrada. Para que eu possa acrescentar/ complementar essas postagens, conto com as suas “lembranças” que poderão ser relatadas por e-mail, para este endereço: ercio.remista@hotmail.com ou pelo whatsapp (91)984174477.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Dilma e Cerveró

Em nota, a assessoria de imprensa da presidente afastada Dilma Rousseff afirmou que já foi "demonstrado que a decisão adotada pelo Conselho de Administração [da Petrobras] de compra de 50% das ações foi baseada nas informações do resumo executivo. A responsabilidade por tais informações era do diretor da Área Internacional".

Segundo o texto, o conselho somente em 2008 foi informado que os elementos necessários não tinham sido devidamente fornecidos para a tomada de decisão e que o órgão era integrado por empresários e experts de mercado, assim como por ministros do governo. "Fica claro que o Conselho de Administração não tinha como ter conhecimento dos fatos e, portanto, agiu inteiramente dentro da legalidade".

Sobre a eventual negociação com Collor para a manutenção de Cerveró, a assessoria de Dilma diz que jamais manteve esses diálogos. A nota diz ainda que Dilma jamais teve "relação de amizade com Cerveró" e que não teve conhecimento das "atividades ilícitas". Segundo Dilma, a delação de Cerveró é um "teatro montado" por uma pessoa "que não tem credibilidade e é suspeito de crimes".

Lula, Renan e Collor também negam envolvimento com os desvios na estatal. Em depoimento à PF, o ex-presidente Lula também negou influência nas indicações para a Petrobras. Renan tem dito que nunca recebeu vantagens indevidas e nem autorizou ninguém a falar em seu nome.

Veja abaixo a íntegra da nota de Dilma Rousseff.

A presidenta Dilma Rousseff jamais manteve relação de amizade com o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, embora o conheceu devido ao cargo que ocupava.

A presidenta Dilma Rousseff reitera que jamais teve conhecimento sobre as atividades ilícitas praticadas por Nestor Cerveró na Petrobras e, portanto, jamais compactuou com tais condutas.

A presidenta Dilma Rousseff relembra, ainda, que foi a Diretoria Executiva da Petrobras quem comunicou ao Conselho de Administração não ter Nestor Cerveró entregue as informações necessárias sobre as condições da compra, em 2006, de 50% das ações da refinaria de Pasadena.

Como pode ser visto na Ata da Reunião de 03 de março de 2008, referente à dita autorização de compra pelo Conselho:

"(...) em 2006, quando da submissão ao Conselho de Administração da compra da participação na refinaria de Pasadena, não constou do Resumo Executivo apresentado a informação sobre a 'Cláusula de Marlim', de garantia de rentabilidade da refinaria em favor da ASTRA, condição que foi oferecida na negociação como contrapartida para que fosse aceito pela Astra que a refinaria, após o 'revamp', passasse a processar setenta por cento de seu óleo processado por óleo fornecido pela Petrobras. O teor da 'Cláusula Marlim' não foi objeto de aprovação pelo Conselho de Administração quando da sua análise com vistas à aprovação da compra de participação na refinaria de Pasadena." (Ata da Reunião 1.304)

Nesta mesma reunião, a Diretoria Executiva informa ao Conselho de Administração da Petrobras que apuraria os impactos dessa omissão e eventuais responsabilidades, nos seguintes termos:

"(...) por outro lado, considerando essa ausência de pronunciamento do Conselho sobre o tema (compra dos 50% das ações remanescentes), a Diretoria Executiva comunicou sua intenção de identificar se os termos de tal cláusula entraram efetivamente em vigor, se foram aplicados em algum momento e também avaliar os eventuais impactos, prejuízos e responsabilidades dela decorrentes." (Ata da reunião 1.304)

Como fica evidente, o Conselho de Administração da Petrobras jamais teve conhecimento sobre as referidas cláusulas e não autorizou a aquisição voluntária da participação dos 50% restantes das ações da refinaria de Pasadena. A suposta relação de amizade - que nunca existiu - não é justificativa para encobrir um desvio de conduta como foi a omissão das informações que resultaram num prejuízo à empresa. Este teatro montado por esta pessoa que não tem credibilidade e é suspeito de crimes, não intimida a senhora presidenta Dilma Rousseff. Ela tem a consciência tranquila e reitera que as provas que demonstram as calúnias de Nestor Cerveró são contundentes.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Justiça do Paraná manda tirar do ar textos de blog com críticas à PF

O Juizado Especial Cível de Curitiba determinou que fossem retirados do ar textos publicados no blog do jornalista carioca Marcelo Auler, 60, com críticas a condutas da Polícia Federal na Operação Lava Jato, em Curitiba. A defesa do jornalista já recorreu da decisão.

Dez textos foram retirados do ar, dois deles em maio e o restante há uma semana. As sentenças do juiz Nei Roberto Guimarães, 8º Juizado, e da juíza Vanessa Bassini, do 12º Juizado, são do final de março e do início de maio, respectivamente.

As decisões atendem processo movido pelos delegados da Polícia Federal Erika Marena e Mauricio Moscardi Grillo, integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Os dois são citados nas reportagens do blog de Auler, criado há 11 meses, com textos principalmente sobre política. Com 42 anos de carreira, o jornalista tem passagens por alguns dos principais veículos de comunicação do país e foi ganhador de prêmios como o Esso de Jornalismo em 1993 por reportagem publicada na revista Veja.

Os textos removidos por ordem judicial fazem críticas à conduta da PF, por exemplo, no episódio de suposta escuta encontrada na cela de Alberto Youssef e quanto aos custos para a reforma de uma unidade da PF em Curitiba. Em outra reportagem, Auler afirma que a delegada Erika Marena fez vazamentos seletivos de delações premiadas da Lava Jato.

Segundo o advogado Rogério Bueno, que defende o jornalista, uma das sentenças determina que o blog não só retire do ar as reportagens listadas no processo como deve se abster de divulgar novas matérias, diz a sentença, "com conteúdo capaz de ser interpretado como ofensivo ao reclamante [delegado Grillo]".

Para o defensor, trata-se de "censura prévia". Ele impetrou um mandado de segurança na Turma Recursal dos Juizados Especiais na semana passada para que as reportagens voltem a ser publicadas no blog, mas o pedido foi indeferido nesta segunda-feira (30). Bueno pretende recorrer agora ao STF (Supremo Tribunal Federal).

O jornalista disse defender o direito democrático de pessoas que se sentirem atingidas pela imprensa de recorrer à Justiça, mas fez críticas à decisão judicial.

"O absurdo é o juiz censurar, mais ainda sem pedir antes que se apresente provas. O absurdo é a censura, ela não pode existir", disse Auler. Procurados, os dois juízes disseram que não têm nada a comentar.

A advogada que representa os dois delegados da PF, Márcia Marena, afirma que em nenhum momento foi determinado pelo Judiciário que se retirassem reportagens sobre a Lava Jato, mas sim que se retirasse conteúdo considerado ofensivo.

Em nota, a defesa afirma que os delegados "respeitam e admiram o jornalismo investigativo, sério e baseado em fatos, independentemente se positivos ou negativos à Operação Lava Jato". Diz, porém, que Auler, "mais do que criticar, passou a, reiteradamente, acusá-los de crimes, sem que tenham, em momento algum de sua trajetória profissional, respondido procedimento disciplinar ou criminal". "É esse comportamento arbitrário, que falta com a verdade e se esconde atrás de preceitos tão valiosos, como o da liberdade de expressão, o que os delegados buscam rechaçar", diz o comunicado.