Senhor coronel,
A linguagem castrense é admirável.
Ela nos permite ser objetivos, diretos, claros.
Permite-nos falar sem rodeios.
Digo-lhe, pois, no estilo da linguagem castrense: essa sua crítica, esse seu pedido, essas suas alusões são de uma inconsistência atroz, são de um ridículo patético.
Coronel, o senhor faz um desafio ao editor do blog: "Desafio qualquer pessoa a apresentar qualquer prova que ao longo dos meus 49 anos FURTEI ou permitir que algum furtasse dinheiro, o valor mais insignificante possível, tanto na vida privada como profissional", é o que senhor diz.
Pois o editor do Espaço Aberto faz outro desafio ao senhor, coronel: indique, na postagem publicada no blog Espaço Aberto de 29 de dezembro de 2010, uma palavra sequer, uma vírgula sequer, um ponto sequer, um acento sequer que lhe permita acusar o editor do blog de fazer acusações ou juízos negativos ou depreciativos ao senhor, coronel.
O Espaço Aberto o desafia a fazer isso.
Se o senhor conseguir, o editor do blog promete sair todos os dias de manhã, durante uma semana, marchando pela avenida Júlio César, de ponta a ponta, e batendo continência em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros, para desagravar o senhor, coronel Hilberto.
Olhe, coronel, o trecho em que o senhor é mencionado na postagem de 29 de dezembro diz o seguinte:
De um lado, o coronel Hilberto Figueiredo, cogitado e logo descartado para o comando-geral do Corpo de Bombeiros, quando se descobriu que ele é réu em processo que apura desvio de dinheiro da corporação e estelionato.
Diga, coronel: onde está algum prejulgamento do blog sobre o senhor?
Diga, coronel: onde está algum juízo de valor do blog sobre o senhor?
Diga, coronel: onde está alguma ilação de que o senhor seria ou não estelionatário, seria ou não peculatário, seria ou não autor de qualquer outro crime?
Diga, coronel: onde está, na postagem mencionada, algum detalhamento dos crimes - sejam lá quais forem - que o senhor supostamente teria cometido?
Coronel, leia com olhos de querer entender.
Coronel, leia com olhos de querer compreender.
Coronel, leia com olhos de não querer, o senhor sim, fazer prejulgamentos.
O senhor, coronel, foi apenas e tão somente mencionado pelo blog como sendo réu num processo.
E dizer que alguém está respondendo a um processo, coronel, não significa imputar crime ao réu, não significa condenar antecipadamente o réu, não significa expender juízo de valor sobre o caráter de ninguém.
Parece - parece, convém repetir - que o seu agastamento provém do fato de que o senhor não estava respondendo a um processo por estelionato, mas apenas - apenas, observem bem - por peculato.
Então, ao que parece, se a postagem mencionada dissesse assim: "[...] quando se descobriu que ele é réu em processo que apura desvio de dinheiro da corporação" - se a notícia dissesse apenas isso, então pronto, o senhor estaria satisfeito porque estava respondendo a um processo apenas por peculato.
Ora, coronel, recorro novamente à linguagem castrense para ser direto e objetivo: esse sua preocupação é irrelevante.
Sabe por quê? Porque o fundamental, o essencial é que, ao mencioná-lo como processado, o blog não fez qualquer prejulgamento sobre o senhor, coronel. Não fez qualquer julgamento antecipado contra o senhor. Não o considerou por antecipação nem culpado, nem inocente.
E sabe por que eu não fez prejulgamento sobre o senhor?
Porque não o conhece, coronel.
Não sabe quem o senhor é.
Não sabe o que o senhor fez ou deixou de fazer.
Não conheceu e nem conhece detalhes do processo a que o senhor respondia.
Agora, coronel, eu é que lhe pergunto: e o senhor, sabem quem é o editor do blog? Certamente, não sabe.
E com que autoridade o senhor faz prejulgamento sobre o editor do blog?
Com que direito?
Sim, coronel, porque a pretexto de pedir reparação por suposto agravo à sua honra, o senhor é que faz juízos sobre a do editor.
Veja esta parte de seu texto: "Se me acusa de ESTELIONATO, gostaria de saber da onde surgiu tantoódio para tentar prejudicar a minha imagem e minha reputação profissional sem ao menos purar os fatos."
Ódio?
Do blog contra o senhor?
O blog nem o conhece, coronel.
Como pode então nutrir algum parti pris, algum sentimento contra o senhor, hein? Reponda-me.
Olhe, coronel, responda-me outra coisa: o senhor está pedindo para ser corrigida ou mesmo retirada essa postagem somente aqui no blog? Ou vai pedir para o mundo virtual inteirinho também corrigir?
Porque, coronel, veja só uma coisa: o Espaço Aberto se limitou a mencionar o senhor, igualzinho ao que fizeram outros blogs e veículos de comunicação. Às centenas.
Quer ver?
Então, vamos ver alguns casos - apenas alguns.
Clique aqui, coronel. O senhor vai ler uma notícia que está no Portal ORM. Diz assim:
O nome especulado para o Comando Geral do Corpo de Bombeiros, o do coronel Hilberto Figueiredo, teria sido descartado porque ele está respondendo na Justiça pelo crime, cometido dentro do próprio CGBM, de peculato e estelionato.
Agora, clique aqui, coronel. O senhor vai ler uma notícia que está em O LIBERAL. Diz assim:
João Hilberto Sousa de Figueiredo era quem estava cotado para assumir o cargo, mas Jatene foi alertado que ele responde a uma ação por peculato e e estelionato, em decorrência de supostos desvios financeiros ocorridos na corporação, conforme denúncia encaminhada à Justiça pelo Ministério Público.
Clique mais aqui, coronel. O senhor vai ler uma postagem no blog da jornalista Rita Soares, uma das mais experientes repórteres de política do Estado. Diz assim:
O governador Simão Jatene deve manter mesmo em suspenso o anúncio do comandante geral do Corpo de Bombeiros. Sabe-se agora que o escolhido, coronel Hilberto Figueiredo responde a processo por desvio de dinheiro da corporação e estelionato.
Em seguida, clique aqui, coronel. O senhor vai ler uma notícia disponível no Diário do Pará On-line:
O coronel era o escolhido para comandar a corporação, mas o anúncio do próximo comandante dos bombeiros deve ficar em suspenso. Hilberto responde a processo na Justiça Militar pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público) e estelionato.
E por último, mas não menos importante, clique aqui, coronel Hilberto. O senhor vai ler mais de 300 menções de notícias e comentários apontados pelo Google - o maior site de buscas do mundo - que mencionam o senhor como processado por peculado e estelionato.
E então, coronel? Todos também receberão este e-mail que o senhor passou pra cá?
Olhe, coronel, vamos dar o fecho nisto aqui com a direta, objetiva e clara linguagem castrense.
A parada é a seguinte: como este blog encara as suas ponderações como um pedido, já foi providenciada a alteração na postagem.
A postagem não foi retirada, não. E nem vai ser retirada. Mas já foi suprimida a palavra estelionato.
Clique aqui para ler. Ficou assim:
De um lado, o coronel Hilberto Figueiredo, cogitado e logo descartado para o comando-geral do Corpo de Bombeiros, quando se descobriu que ele é réu em processo que apura desvio de dinheiro da corporação.
Pronto. Não se fala mais em estelionato. Fala-se apenas em desvio de dinheiro da corporação, o peculato.
É assim mesmo?
Está bem assim? Espera-se que sim.
Ah, e outra coisa: se o senhor tiver a íntegra da sentença, do acórdão - ou seja lá o que for - que o absolveu da acusação do crime de peculato, mande pra cá, coronel.
Mande pra cá porque este blog vive de notícia. E divulgará aqui, na íntegra, a decisão que o absolveu, que o inocentou.
E mais uma coisa: o Espaço Aberto vai divulgar tanto a íntegra das suas críticas como esta resposta, para que todos os leitores observem a transparência com que estamos tratando este assunto de interesse público.
A linguagem castrense é admirável.
Ela nos permite ser objetivos, diretos, claros.
Permite-nos falar sem rodeios.
Digo-lhe, pois, no estilo da linguagem castrense: essa sua crítica, esse seu pedido, essas suas alusões são de uma inconsistência atroz, são de um ridículo patético.
Coronel, o senhor faz um desafio ao editor do blog: "Desafio qualquer pessoa a apresentar qualquer prova que ao longo dos meus 49 anos FURTEI ou permitir que algum furtasse dinheiro, o valor mais insignificante possível, tanto na vida privada como profissional", é o que senhor diz.
Pois o editor do Espaço Aberto faz outro desafio ao senhor, coronel: indique, na postagem publicada no blog Espaço Aberto de 29 de dezembro de 2010, uma palavra sequer, uma vírgula sequer, um ponto sequer, um acento sequer que lhe permita acusar o editor do blog de fazer acusações ou juízos negativos ou depreciativos ao senhor, coronel.
O Espaço Aberto o desafia a fazer isso.
Se o senhor conseguir, o editor do blog promete sair todos os dias de manhã, durante uma semana, marchando pela avenida Júlio César, de ponta a ponta, e batendo continência em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros, para desagravar o senhor, coronel Hilberto.
Olhe, coronel, o trecho em que o senhor é mencionado na postagem de 29 de dezembro diz o seguinte:
De um lado, o coronel Hilberto Figueiredo, cogitado e logo descartado para o comando-geral do Corpo de Bombeiros, quando se descobriu que ele é réu em processo que apura desvio de dinheiro da corporação e estelionato.
Diga, coronel: onde está algum prejulgamento do blog sobre o senhor?
Diga, coronel: onde está algum juízo de valor do blog sobre o senhor?
Diga, coronel: onde está alguma ilação de que o senhor seria ou não estelionatário, seria ou não peculatário, seria ou não autor de qualquer outro crime?
Diga, coronel: onde está, na postagem mencionada, algum detalhamento dos crimes - sejam lá quais forem - que o senhor supostamente teria cometido?
Coronel, leia com olhos de querer entender.
Coronel, leia com olhos de querer compreender.
Coronel, leia com olhos de não querer, o senhor sim, fazer prejulgamentos.
O senhor, coronel, foi apenas e tão somente mencionado pelo blog como sendo réu num processo.
E dizer que alguém está respondendo a um processo, coronel, não significa imputar crime ao réu, não significa condenar antecipadamente o réu, não significa expender juízo de valor sobre o caráter de ninguém.
Parece - parece, convém repetir - que o seu agastamento provém do fato de que o senhor não estava respondendo a um processo por estelionato, mas apenas - apenas, observem bem - por peculato.
Então, ao que parece, se a postagem mencionada dissesse assim: "[...] quando se descobriu que ele é réu em processo que apura desvio de dinheiro da corporação" - se a notícia dissesse apenas isso, então pronto, o senhor estaria satisfeito porque estava respondendo a um processo apenas por peculato.
Ora, coronel, recorro novamente à linguagem castrense para ser direto e objetivo: esse sua preocupação é irrelevante.
Sabe por quê? Porque o fundamental, o essencial é que, ao mencioná-lo como processado, o blog não fez qualquer prejulgamento sobre o senhor, coronel. Não fez qualquer julgamento antecipado contra o senhor. Não o considerou por antecipação nem culpado, nem inocente.
E sabe por que eu não fez prejulgamento sobre o senhor?
Porque não o conhece, coronel.
Não sabe quem o senhor é.
Não sabe o que o senhor fez ou deixou de fazer.
Não conheceu e nem conhece detalhes do processo a que o senhor respondia.
Agora, coronel, eu é que lhe pergunto: e o senhor, sabem quem é o editor do blog? Certamente, não sabe.
E com que autoridade o senhor faz prejulgamento sobre o editor do blog?
Com que direito?
Sim, coronel, porque a pretexto de pedir reparação por suposto agravo à sua honra, o senhor é que faz juízos sobre a do editor.
Veja esta parte de seu texto: "Se me acusa de ESTELIONATO, gostaria de saber da onde surgiu tantoódio para tentar prejudicar a minha imagem e minha reputação profissional sem ao menos purar os fatos."
Ódio?
Do blog contra o senhor?
O blog nem o conhece, coronel.
Como pode então nutrir algum parti pris, algum sentimento contra o senhor, hein? Reponda-me.
Olhe, coronel, responda-me outra coisa: o senhor está pedindo para ser corrigida ou mesmo retirada essa postagem somente aqui no blog? Ou vai pedir para o mundo virtual inteirinho também corrigir?
Porque, coronel, veja só uma coisa: o Espaço Aberto se limitou a mencionar o senhor, igualzinho ao que fizeram outros blogs e veículos de comunicação. Às centenas.
Quer ver?
Então, vamos ver alguns casos - apenas alguns.
Clique aqui, coronel. O senhor vai ler uma notícia que está no Portal ORM. Diz assim:
O nome especulado para o Comando Geral do Corpo de Bombeiros, o do coronel Hilberto Figueiredo, teria sido descartado porque ele está respondendo na Justiça pelo crime, cometido dentro do próprio CGBM, de peculato e estelionato.
Agora, clique aqui, coronel. O senhor vai ler uma notícia que está em O LIBERAL. Diz assim:
João Hilberto Sousa de Figueiredo era quem estava cotado para assumir o cargo, mas Jatene foi alertado que ele responde a uma ação por peculato e e estelionato, em decorrência de supostos desvios financeiros ocorridos na corporação, conforme denúncia encaminhada à Justiça pelo Ministério Público.
Clique mais aqui, coronel. O senhor vai ler uma postagem no blog da jornalista Rita Soares, uma das mais experientes repórteres de política do Estado. Diz assim:
O governador Simão Jatene deve manter mesmo em suspenso o anúncio do comandante geral do Corpo de Bombeiros. Sabe-se agora que o escolhido, coronel Hilberto Figueiredo responde a processo por desvio de dinheiro da corporação e estelionato.
Em seguida, clique aqui, coronel. O senhor vai ler uma notícia disponível no Diário do Pará On-line:
O coronel era o escolhido para comandar a corporação, mas o anúncio do próximo comandante dos bombeiros deve ficar em suspenso. Hilberto responde a processo na Justiça Militar pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público) e estelionato.
E por último, mas não menos importante, clique aqui, coronel Hilberto. O senhor vai ler mais de 300 menções de notícias e comentários apontados pelo Google - o maior site de buscas do mundo - que mencionam o senhor como processado por peculado e estelionato.
E então, coronel? Todos também receberão este e-mail que o senhor passou pra cá?
Olhe, coronel, vamos dar o fecho nisto aqui com a direta, objetiva e clara linguagem castrense.
A parada é a seguinte: como este blog encara as suas ponderações como um pedido, já foi providenciada a alteração na postagem.
A postagem não foi retirada, não. E nem vai ser retirada. Mas já foi suprimida a palavra estelionato.
Clique aqui para ler. Ficou assim:
De um lado, o coronel Hilberto Figueiredo, cogitado e logo descartado para o comando-geral do Corpo de Bombeiros, quando se descobriu que ele é réu em processo que apura desvio de dinheiro da corporação.
Pronto. Não se fala mais em estelionato. Fala-se apenas em desvio de dinheiro da corporação, o peculato.
É assim mesmo?
Está bem assim? Espera-se que sim.
Ah, e outra coisa: se o senhor tiver a íntegra da sentença, do acórdão - ou seja lá o que for - que o absolveu da acusação do crime de peculato, mande pra cá, coronel.
Mande pra cá porque este blog vive de notícia. E divulgará aqui, na íntegra, a decisão que o absolveu, que o inocentou.
E mais uma coisa: o Espaço Aberto vai divulgar tanto a íntegra das suas críticas como esta resposta, para que todos os leitores observem a transparência com que estamos tratando este assunto de interesse público.
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