Por Cardeal Orani Tempesta
No último domingo de Setembro, celebramos o Dia Nacional da Bíblia, próximo da Festa de São Jerônimo, patrono dos estudos bíblicos. Neste XXV Domingo do tempo comum somos convidados a conhecer e amar os Livros Santos, por meio da leitura atenta e piedosa, vivenciando o que Deus mesmo nos ensina nas Sagradas Escrituras.
Na primeira leitura (Is 55, 6-9) o profeta diz aos israelitas exilados na Babilônia e a todos os que continuam pensando como eles: Convertei-vos, mudai a vossa forma de pensar! Logo em seguida o próprio Senhor toma a palavra e explica o motivo pelo qual ele se comporta de forma inesperada com aqueles que erraram: “É que os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, os vossos caminhos são diferentes dos meus. Tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e os meus pensamentos ultrapassam os vossos" (Is 55, 8-9b). O profeta convida-nos, dirige-nos um apelo para que busquemos o Senhor, o invoquemos, voltemos para ele. Eis aqui, caríssimos, um grito tão necessário nesses tempos do homem cheio de si, preocupado consigo, embriagado pelos seus próprios feitos e tão confiado em suas próprias ideias! O profeta grita quase que nos prevenindo, ameaçando-nos: “Buscai o Senhor; invocai-o! Que volte para o Senhor!”.
A segunda leitura (Fl 1, 20c-24.27ª) mostra que Carta aos Filipenses revela as emoções do coração de Paulo. Ele suportou muitos sofrimentos e muitas contrariedades; agora se sente bastante cansado e começa a pensar sempre com maior frequência no encontro definitivo com aquele Jesus ao qual dedicou a sua vida. Deseja morrer para estar sempre com Cristo, mas este desejo contraria um outro: gostaria também de continuar trabalhando para a difusão do Evangelho e para consolidar as comunidades que fundou. Nós não podemos merecer nada diante de Deus, dele somente podemos receber dons e agradecer… Por que não alegrar-se, por que não ficar feliz, se um dia, mesmo quem tenha errado e errado por completo na vida, recebe de Deus o dom da salvação?
O Evangelho (Mt 20, 1-16ª) apresenta a parábola que representa muito para as nossas comunidades. Na Igreja não deve haver aqueles que exigem mais “porque chegaram antes”. Ninguém deve sentir-se um “veterano” porque se converteu antes a Cristo. Todos são iguais, operários da vinha e se encontram no mesmo nível: não há motivos para superioridade. A reação que atribuirmos aos operários da parábola reproduz a nossa reação diante da bondade e da generosidade de Deus. Na “vinha do Senhor” trabalha-se gratuitamente, não se trabalha para ter um salário maior, não se pratica o bem em favor do irmão para ter o direito a um prêmio no céu. Seria egoísmo imperdoável servir-se do irmão pobre e necessitado para acumular méritos diante do Deus, O cristão deve amar porque descobriu o dom de amar desinteressadamente, como o Pai. Fazer o bem pel graça de fazer o bem.
O Senhor nos procura, como o dono da vinha do Evangelho deste domingo – e com insistência: sai de madrugada à nossa procura, porque o amor tem pressa, o amor anseia encontrar a pessoa amada. E, como o amor é insistente, o Senhor vem sempre, a cada momento, em cada ocasião, sempre à nossa procura: pelas nove, ao meio-dia, pelas três… e até mesmo às cinco da tarde, quando o sol já se esconde, o Senhor vem novamente! Sempre é tempo de conversão, sempre é tempo de voltar para o Senhor! Aí, então, experimentaremos que tudo é graça, que o pensamento de Deus para nós é amor que não é mesquinho, que sabe tratar a todos com generosidade, fazendo primeiro no seu Reino aquele que tem coragem de crer no amor, de ir ao encontro do Senhor mesmo que seja a última hora! Voltemo-nos para o Senhor! A única coisa que nos pede é que acreditemos no Seu amor generoso e no Seu perdão abundante e nos convertamos de todo o coração! Este Evangelho nos mostra que o importante não é ter trabalhado dez ou apenas uma hora, o importante é ter aceitado o convite com todo o coração, dedicando-nos inteiramente àquilo para que fomos convidados. Os que estavam na praça às cinco da tarde poderiam também ter dito que não valia mais a pena ir até à plantação. O importante é que se acredite e assuma o chamado e que se comunique a alegria de pertencer aos operários da vinha do Senhor.
Na primeira leitura (Is 55, 6-9) o profeta diz aos israelitas exilados na Babilônia e a todos os que continuam pensando como eles: Convertei-vos, mudai a vossa forma de pensar! Logo em seguida o próprio Senhor toma a palavra e explica o motivo pelo qual ele se comporta de forma inesperada com aqueles que erraram: “É que os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, os vossos caminhos são diferentes dos meus. Tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e os meus pensamentos ultrapassam os vossos" (Is 55, 8-9b). O profeta convida-nos, dirige-nos um apelo para que busquemos o Senhor, o invoquemos, voltemos para ele. Eis aqui, caríssimos, um grito tão necessário nesses tempos do homem cheio de si, preocupado consigo, embriagado pelos seus próprios feitos e tão confiado em suas próprias ideias! O profeta grita quase que nos prevenindo, ameaçando-nos: “Buscai o Senhor; invocai-o! Que volte para o Senhor!”.
A segunda leitura (Fl 1, 20c-24.27ª) mostra que Carta aos Filipenses revela as emoções do coração de Paulo. Ele suportou muitos sofrimentos e muitas contrariedades; agora se sente bastante cansado e começa a pensar sempre com maior frequência no encontro definitivo com aquele Jesus ao qual dedicou a sua vida. Deseja morrer para estar sempre com Cristo, mas este desejo contraria um outro: gostaria também de continuar trabalhando para a difusão do Evangelho e para consolidar as comunidades que fundou. Nós não podemos merecer nada diante de Deus, dele somente podemos receber dons e agradecer… Por que não alegrar-se, por que não ficar feliz, se um dia, mesmo quem tenha errado e errado por completo na vida, recebe de Deus o dom da salvação?
O Evangelho (Mt 20, 1-16ª) apresenta a parábola que representa muito para as nossas comunidades. Na Igreja não deve haver aqueles que exigem mais “porque chegaram antes”. Ninguém deve sentir-se um “veterano” porque se converteu antes a Cristo. Todos são iguais, operários da vinha e se encontram no mesmo nível: não há motivos para superioridade. A reação que atribuirmos aos operários da parábola reproduz a nossa reação diante da bondade e da generosidade de Deus. Na “vinha do Senhor” trabalha-se gratuitamente, não se trabalha para ter um salário maior, não se pratica o bem em favor do irmão para ter o direito a um prêmio no céu. Seria egoísmo imperdoável servir-se do irmão pobre e necessitado para acumular méritos diante do Deus, O cristão deve amar porque descobriu o dom de amar desinteressadamente, como o Pai. Fazer o bem pel graça de fazer o bem.
O Senhor nos procura, como o dono da vinha do Evangelho deste domingo – e com insistência: sai de madrugada à nossa procura, porque o amor tem pressa, o amor anseia encontrar a pessoa amada. E, como o amor é insistente, o Senhor vem sempre, a cada momento, em cada ocasião, sempre à nossa procura: pelas nove, ao meio-dia, pelas três… e até mesmo às cinco da tarde, quando o sol já se esconde, o Senhor vem novamente! Sempre é tempo de conversão, sempre é tempo de voltar para o Senhor! Aí, então, experimentaremos que tudo é graça, que o pensamento de Deus para nós é amor que não é mesquinho, que sabe tratar a todos com generosidade, fazendo primeiro no seu Reino aquele que tem coragem de crer no amor, de ir ao encontro do Senhor mesmo que seja a última hora! Voltemo-nos para o Senhor! A única coisa que nos pede é que acreditemos no Seu amor generoso e no Seu perdão abundante e nos convertamos de todo o coração! Este Evangelho nos mostra que o importante não é ter trabalhado dez ou apenas uma hora, o importante é ter aceitado o convite com todo o coração, dedicando-nos inteiramente àquilo para que fomos convidados. Os que estavam na praça às cinco da tarde poderiam também ter dito que não valia mais a pena ir até à plantação. O importante é que se acredite e assuma o chamado e que se comunique a alegria de pertencer aos operários da vinha do Senhor.
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