1ª. Dor - Apresentação de meu Filho no templo
Nesta primeira
dor veremos como meu coração foi transpassado por uma espada, quando
Simeão profetizou que meu Filho seria a salvação de muitos, mas também
serviria para ruína de outros. A virtude que aprendereis nesta dor é a
da santa obediência.
Ao ouvir essa profecia Maria continuou firme
na fé, confiando no Senhor: “Em vós confio”. Quem confia em Deus jamais
será confundido. Nas vossas penas, nas vossas angústias, confiai em
Deus e jamais vos arrependereis dessa confiança. Mesmo prevendo dores e
sofrimentos em procurar fazer a vontade de Deus, continuemos firmes e
confiantes no Senhor.
2ª. Dor - A fuga para o Egito
Após o
nascimento de Jesus, o Rei Herodes quis matá-Lo e, por causa disso, um
anjo do Senhor apareceu a São José e disse: "Levanta-te, toma o menino e
sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise". Obediente,
"José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu
para o Egito." (Mt 2, 13-14).
Unidos à dor que Maria sentiu nessa
ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência as
dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados dos pecados.
Estejamos unidos a tantos que sofrem perseguição e são obrigados a fugir
de seus países.
3ª Dor - Perda do Menino Jesus
A dor de
Maria pela perda de Jesus foi sem dúvida uma das mais acerbas; porque
ela então sofria longe do Filho, e a humildade fazia-lhe crer que Ele se
tinha apartado dela por causa de alguma negligência sua. Sirva-nos esta
dor de conforto nas desolações espirituais, e ensine-nos o modo de
buscarmos a Deus, se jamais para nossa desgraça viermos a perdê-Lo por
nossa culpa.
Aqui nos unimos a tantas situações de famílias que
“perdem” seus filhos em tantas dependências e situações. Somente no
retorno ao Senhor representando pelo templo é que serão reencontrados.
4ª. Dor - Doloroso encontro no caminho do Calvário
Um
dos momentos mais pungentes da Paixão é o encontro de Jesus com Sua Mãe
no caminho do Calvário. Na ocasião, a troca de olhar com o Filho, a
constatação das crueldades que Ele estava sofrendo, tudo causava imensa
dor no Seu Coração de Mãe. Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião,
peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de
nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.
Nós nos
unimos à dor de tantas mães que trocam olhares com seus filhos que
carregam tantas cruzes e tantas dores no mundo de hoje.
5ª. Dor - Aos pés da Cruz
Maria acompanhou de perto todo o sofrimento de Jesus na Cruz, e
assistiu de pé à sua morte: "junto à cruz de Jesus estavam de pé sua
mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena" (Jo
19, 25). Depois de três horas de tormentosa agonia, Jesus morre. Maria,
sem duvidar um só instante, aceitou a vontade de Deus e, no seu doloroso
silêncio, entregou ao Pai sua imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão
para os criminosos.
Quantas situações de cruzes e de morte em
nossa sociedade! Inseguranças, injustiças, maldades, maledicências!
Quantas dores nos fazem sofrer! Unidos a Maria, estejamos em pé diante
da Cruz.
6ª. Dor - Uma lança atravessa o Coração de Jesus
Consideremos como, depois da morte do Senhor, dois de seus discípulos,
José e Nicodemos, O descem da cruz e O depõem nos braços da aflita Mãe
que, com ternura O recebe e O aperta contra o peito. O momento
fotografado nas imagens de Nossa Senhora da Piedade nos mostra o amor de
mãe ao ver o filho sem vida nos braços.
É a unidade com tantas
situações que a Igreja, como mãe que é, vê seus filhos sem vida nos seus
braços, seja pelos pecados, seja pelas injustiças ou perseguições. Com a
mesma coragem e fé de Maria vivamos esses momentos difíceis deste
conturbado século.
7ª. Dor - Jesus é sepultado
Consideremos como a Mãe dolorosa quis acompanhar os discípulos que
levaram Jesus morto à sepultura. Depois de tê-Lo acomodado com suas
próprias mãos, diz um último adeus ao Filho e ao Seu sepulcro, e volta
para casa com as perguntas que toda mãe faz, ao mesmo tempo em que
mergulha no mistério de Deus. Nós também, à imitação de Maria,
encerremos o nosso coração no santo Tabernáculo onde reside Jesus, já
não morto, mas vivo e verdadeiramente como está no céu.
Mas
procuremos também encontrá-Lo na pessoa dos irmãos, em especial dos mais
pobres que nos fazem descobrir que Ele vive e está no meio de nós.
Nesta Semana Santa queremos caminhar com Nossa Senhora das Dores pelos
caminhos do Calvário, relembrando que a Paixão do Senhor nos anima a
vivermos as obras de misericórdia neste ano santo extraordinário. Nestes
dias, queremos pedir à Bem-aventurada Virgem Maria que nos ajude a ser
fiéis no caminho de seu Filho. Quantas dores ela passou e suportou, e
sempre esteve ao lado do Filho. Maria é exemplo de fiel discípula e
missionária. É aquela que vive a dor na esperança da Ressurreição.
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