Três gerações da família Vargas foram abaladas por suicídio. Assim como o seu avô, o presidente Getúlio Vargas (1882-1954), e o seu pai, Manuel Antônio Vargas (1916-1997), o advogado Getúlio Dornelles Vargas tirou a própria vida, aos 61 anos. Ele tinha o mesmo nome do avô.
"Getulinho", como era chamado por amigos, foi encontrado morto em seu apartamento no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, na última segunda-feira (17). A Polícia Civil investiga o caso, mas confirma que a causa da morte foi suicídio com um tiro na região da têmpora.
Ele deixou uma carta para os familiares, mas não revela a motivação. "São questões bem íntimas. Ele deixou mensagens de carinho para a família", conta a delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios da capital gaúcha. O advogado morava com uma filha, que não estava no apartamento no momento do disparo. "Infelizmente, foi mais uma tragédia nessa família", diz a delegada, em referência ao histórico de suicídio que atingiu três gerações: o avô, o pai e o neto.
HISTÓRIA
Em 1954, no dia 25 de agosto, Getúlio Vargas, o avô, tirou a própria vida, no seu quarto, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então sede da Presidência da República. O presidente se encontrava em meio a uma grave crise política.
"Em vez de significar um gesto de fraqueza e covardia, a autoimolação de Getúlio o tornava um mártir e, para o imaginário coletivo nacional, um símbolo heroico de resistência", diz o jornalista Lira Neto, no terceiro livro da série que escreveu sobre o presidente.
Getúlio, da mesma forma que o neto, também deixou uma carta. Mas diferentemente de "Getulinho", explicou as motivações políticas para tirar a própria vida. O gaúcho terminava a carta dizendo: "Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História".
Na segunda geração, o pai de "Getulinho", também se matou. Manuel Antônio Vargas, conhecido como Maneco, foi encontrado morto na fazenda da família, em Itaqui, após um tiro no coração.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, o advogado sofria de depressão, o que pode ter levado ao ato. "Embora ele fosse depressivo, talvez os fatos de seus antepassados contribuíram com o suicídio. Há estudos que indicam a origem genética da depressão", afirma a delegada.
Apesar da depressão, pessoas próximas a Getulinho o descrevem como uma pessoa alegre e que gostava de estar rodeado por amigos.
"Ele sempre foi uma pessoa muito querida dentro do PDT. Ele tinha muitas críticas à própria política. Mas para o PDT, por ele ser neto de quem era, sempre teve muita importância, sempre foi prestigiado", diz Juliana Brizola, deputada estadual pelo PDT.
O neto de Getúlio foi um dos fundadores do PDT, partido de Juliana e também de seu avô, Leonel Brizola (1922-2004).
"Getulinho", como era chamado por amigos, foi encontrado morto em seu apartamento no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, na última segunda-feira (17). A Polícia Civil investiga o caso, mas confirma que a causa da morte foi suicídio com um tiro na região da têmpora.
Ele deixou uma carta para os familiares, mas não revela a motivação. "São questões bem íntimas. Ele deixou mensagens de carinho para a família", conta a delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios da capital gaúcha. O advogado morava com uma filha, que não estava no apartamento no momento do disparo. "Infelizmente, foi mais uma tragédia nessa família", diz a delegada, em referência ao histórico de suicídio que atingiu três gerações: o avô, o pai e o neto.
HISTÓRIA
Em 1954, no dia 25 de agosto, Getúlio Vargas, o avô, tirou a própria vida, no seu quarto, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então sede da Presidência da República. O presidente se encontrava em meio a uma grave crise política.
"Em vez de significar um gesto de fraqueza e covardia, a autoimolação de Getúlio o tornava um mártir e, para o imaginário coletivo nacional, um símbolo heroico de resistência", diz o jornalista Lira Neto, no terceiro livro da série que escreveu sobre o presidente.
Getúlio, da mesma forma que o neto, também deixou uma carta. Mas diferentemente de "Getulinho", explicou as motivações políticas para tirar a própria vida. O gaúcho terminava a carta dizendo: "Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História".
Na segunda geração, o pai de "Getulinho", também se matou. Manuel Antônio Vargas, conhecido como Maneco, foi encontrado morto na fazenda da família, em Itaqui, após um tiro no coração.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, o advogado sofria de depressão, o que pode ter levado ao ato. "Embora ele fosse depressivo, talvez os fatos de seus antepassados contribuíram com o suicídio. Há estudos que indicam a origem genética da depressão", afirma a delegada.
Apesar da depressão, pessoas próximas a Getulinho o descrevem como uma pessoa alegre e que gostava de estar rodeado por amigos.
"Ele sempre foi uma pessoa muito querida dentro do PDT. Ele tinha muitas críticas à própria política. Mas para o PDT, por ele ser neto de quem era, sempre teve muita importância, sempre foi prestigiado", diz Juliana Brizola, deputada estadual pelo PDT.
O neto de Getúlio foi um dos fundadores do PDT, partido de Juliana e também de seu avô, Leonel Brizola (1922-2004).
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