Por Pedro Cardoso da Costa, bacharel em Direito - Congresso em Foco
Virou mais um clichê afirmar que determinada cobertura ou imagem mostrada não seria papel da imprensa. E aqui vale a menção para todos os veículos de comunicação de massa, seja revista, jornal, sites, televisão ou rádio.
Caso a pergunta fosse devolvida a quem formula essa negativa, não se saberia afirmar qual seria o “papel da imprensa”. Com ou sem papel definido, a imprensa vai desempenhando sua atividade como qualquer outra, com pequenos e grandes erros e acertos.
Há décadas qualquer nomeação ou posse de um ministro, por mais insignificante que seja, é destaque na abertura de telejornais na televisão e manchete em capa de jornais e de revistas. Já sobre educação, é preciso procurar com lupa para encontrar uma capa ou uma abertura televisiva.
Faz-se também uma cobertura sensacionalista em ondas periódicas, sempre em defesa das autoridades governamentais. Há várias décadas, por exemplo, a onda é sobre a necessidade de reformas constitucionais. O país não encontra nunca uma forma de continuidade, pois só se vive e fala das “reformas necessárias”. Elas são justificadas como solução de crises econômicas causadas por gastos supérfluos, desperdícios e corrupção em qualquer obra ou projetos sociais. Nove constituições federais e centenas de emendas não corresponderem à única bicentenária dos Estados Unidos.
Outra cobertura tendenciosa é sobre a ressocialização de presos, mas não faz menção a que a prática de um crime antecede uma escolha do indivíduo. Esses são dois exemplos de ondas de longa duração, mas a maioria ressurge em períodos bem curtos e sobre o mesmo tema.
No ano de 2014, São Paulo descobriu que água potável era uma fonte esgotável. Toda a cobertura da mídia se voltou contra o cidadão. Que desperdiçava água lavando calçadas, não colocava redutor nas torneiras, os grandes condomínios e indústrias não reutilizavam água e tantos outros, sempre a culpar o cidadão. Esqueceram-se totalmente de que muitas campanhas incentivavam o consumo, exatamente para encher as burras dos fornecedores. Graças a São Pedro, tudo já foi esquecido. Só vão condenar a população novamente quando a irresponsabilidade estatal deixar a população sem água para beber.
E agora são as reformas da Previdência, Trabalhista e Tributária. As outras são apenas para camuflar a rasteira que querem dar nos cidadãos. Os argumentos todos já conhecem, sempre superficiais e para prejudicar o trabalhador comum.
Enquanto isso, os salvadores da pátria, que agora propõem aposentadorias com cem anos de idade e 50 de contribuição se aposentaram bem jovens. Alguns ex-governadores, e até algumas viúvas, recebem aposentadorias de mais de 30 mil mensais depois de trabalharem apenas alguns meses ou somente alguns dias como governadores.
Profissionais renomados de televisão chegam a ficar com uma expressão enlevada, consciente de que estão devorando a coerência enquanto defendem a “necessidade” dessas reformas como uma verdade absoluta para 204 milhões de brasileiros, quando eles mesmos não acreditam numa palavra do que estão dizendo. Por essas e outras, um jornalista, hoje, não consegue fazer uma matéria onde estiverem presentes dez pessoas. Se não houver mudança na conduta no jornalismo brasileiro, esse distanciamento pode se tornar abissal.
Virou mais um clichê afirmar que determinada cobertura ou imagem mostrada não seria papel da imprensa. E aqui vale a menção para todos os veículos de comunicação de massa, seja revista, jornal, sites, televisão ou rádio.
Caso a pergunta fosse devolvida a quem formula essa negativa, não se saberia afirmar qual seria o “papel da imprensa”. Com ou sem papel definido, a imprensa vai desempenhando sua atividade como qualquer outra, com pequenos e grandes erros e acertos.
Há décadas qualquer nomeação ou posse de um ministro, por mais insignificante que seja, é destaque na abertura de telejornais na televisão e manchete em capa de jornais e de revistas. Já sobre educação, é preciso procurar com lupa para encontrar uma capa ou uma abertura televisiva.
Faz-se também uma cobertura sensacionalista em ondas periódicas, sempre em defesa das autoridades governamentais. Há várias décadas, por exemplo, a onda é sobre a necessidade de reformas constitucionais. O país não encontra nunca uma forma de continuidade, pois só se vive e fala das “reformas necessárias”. Elas são justificadas como solução de crises econômicas causadas por gastos supérfluos, desperdícios e corrupção em qualquer obra ou projetos sociais. Nove constituições federais e centenas de emendas não corresponderem à única bicentenária dos Estados Unidos.
Outra cobertura tendenciosa é sobre a ressocialização de presos, mas não faz menção a que a prática de um crime antecede uma escolha do indivíduo. Esses são dois exemplos de ondas de longa duração, mas a maioria ressurge em períodos bem curtos e sobre o mesmo tema.
No ano de 2014, São Paulo descobriu que água potável era uma fonte esgotável. Toda a cobertura da mídia se voltou contra o cidadão. Que desperdiçava água lavando calçadas, não colocava redutor nas torneiras, os grandes condomínios e indústrias não reutilizavam água e tantos outros, sempre a culpar o cidadão. Esqueceram-se totalmente de que muitas campanhas incentivavam o consumo, exatamente para encher as burras dos fornecedores. Graças a São Pedro, tudo já foi esquecido. Só vão condenar a população novamente quando a irresponsabilidade estatal deixar a população sem água para beber.
E agora são as reformas da Previdência, Trabalhista e Tributária. As outras são apenas para camuflar a rasteira que querem dar nos cidadãos. Os argumentos todos já conhecem, sempre superficiais e para prejudicar o trabalhador comum.
Enquanto isso, os salvadores da pátria, que agora propõem aposentadorias com cem anos de idade e 50 de contribuição se aposentaram bem jovens. Alguns ex-governadores, e até algumas viúvas, recebem aposentadorias de mais de 30 mil mensais depois de trabalharem apenas alguns meses ou somente alguns dias como governadores.
Profissionais renomados de televisão chegam a ficar com uma expressão enlevada, consciente de que estão devorando a coerência enquanto defendem a “necessidade” dessas reformas como uma verdade absoluta para 204 milhões de brasileiros, quando eles mesmos não acreditam numa palavra do que estão dizendo. Por essas e outras, um jornalista, hoje, não consegue fazer uma matéria onde estiverem presentes dez pessoas. Se não houver mudança na conduta no jornalismo brasileiro, esse distanciamento pode se tornar abissal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário