Folha de SP
Depois de um longo tempo sem subir à tribuna, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) saiu em defesa do governo Michel Temer e criticou a imprensa. Segundo ele, "está em marcha para derrubar o presidente Michel Temer".
"A grande mídia, aliada a determinados setores, quer antecipar 2018. Não querem esperar pelo voto popular, pelo julgamento das urnas. Querem se antecipar, quem sabe enfraquecendo o governo de tal ordem que o presidente renuncie", disse Barbalho, pai de Helder Barbalho, ministro da Integração Nacional do governo Temer.
Para ele, o "esquema" é "avacalhar o governo, avacalhar o Congresso" e a grande mídia "escolheu" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como substituto de Michel Temer.
Senadores ficaram calados e deputados foram ao Senado para ouvir Barbalho dizer que "está em curso um curso um processo para derrubar o governo de Michel Temer".
Barbalho disse estar "cansado de, todas as noites, assistir o noticiário pessimista e escandaloso cobrar do atual governo aquilo que o governo tem tentando resolver".
"Fico a me perguntar: afinal de contas, não era a grande imprensa, a grande mídia, que dizia que o senhor Henrique Meirelles [atual ministro da Fazenda] era a pessoa adequada para encaminhar as medidas econômicas adequadas?", questionou o senador.
Jader Barbalho disse que os políticos brasileiros são condenados todas as noites nos telejornais. "Não posso admitir que seja tranquilamente admitido que as pessoas sejam condenadas por antecipação", afirmou.
"O que não se pode é aceitar delações. Não vou discutir a qualidade dos delatores. Não posso admitir, depois de tanto tempo de vida publica, que delações que sequer foram confirmadas pelos delatores - não houve depoimento deles confirmando-, não posso aceitar que delações que não foram juridicamente aceitas possam ser publicadas como verdade definitiva em relação aos homens públicos deste país", afirmou.
Barbalho disse não ser contra a Lava Jato e disse que operação não foi prejudicada pelo Congresso. "Estamos atrapalhando o quê? Prisão preventiva sem prazo, que passou a ser condenação antes que as pessoas se defendam? Essas pessoas já estão condenadas à execração pública, elas e suas famílias", bradou o senador da tribuna.
"Sempre defendi a liberdade de imprensa que também é imprescindível. Mas não defendo a irresponsabilidade de grandes setores da mídia brasileira que não sei o que querem", atacou.
ABUSO DE AUTORIDADE
Jader Barbalho procurou criar em plenário um clima favorável à votação da proposta de criminalização do abuso de autoridade, texto apresentado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
"Agora se acha que criar uma lei de abuso de autoridade é para acabar com a Lava Jato", afirmou. "Se acusa o Congresso de querer travar a Lava Jato, de querer arranjar um instrumento para barrar as investigações", prosseguiu. "Indago onde está travado."
Renan não se manifestou após a fala de Jader Barbalho.
Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) pediu a palavra e disse concordar parcialmente com o colega governista.
Ele disse que o discurso de Barbalho não havia sido apenas um desabafo, mas "um alerta para o Congresso tomar vergonha na cara". "Eu poderia ter feito, ipsis litteris, este discurso sete, oito meses atrás", afirmou o senador de oposição, em referência ao impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Depois de um longo tempo sem subir à tribuna, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) saiu em defesa do governo Michel Temer e criticou a imprensa. Segundo ele, "está em marcha para derrubar o presidente Michel Temer".
"A grande mídia, aliada a determinados setores, quer antecipar 2018. Não querem esperar pelo voto popular, pelo julgamento das urnas. Querem se antecipar, quem sabe enfraquecendo o governo de tal ordem que o presidente renuncie", disse Barbalho, pai de Helder Barbalho, ministro da Integração Nacional do governo Temer.
Para ele, o "esquema" é "avacalhar o governo, avacalhar o Congresso" e a grande mídia "escolheu" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como substituto de Michel Temer.
Senadores ficaram calados e deputados foram ao Senado para ouvir Barbalho dizer que "está em curso um curso um processo para derrubar o governo de Michel Temer".
Barbalho disse estar "cansado de, todas as noites, assistir o noticiário pessimista e escandaloso cobrar do atual governo aquilo que o governo tem tentando resolver".
"Fico a me perguntar: afinal de contas, não era a grande imprensa, a grande mídia, que dizia que o senhor Henrique Meirelles [atual ministro da Fazenda] era a pessoa adequada para encaminhar as medidas econômicas adequadas?", questionou o senador.
Jader Barbalho disse que os políticos brasileiros são condenados todas as noites nos telejornais. "Não posso admitir que seja tranquilamente admitido que as pessoas sejam condenadas por antecipação", afirmou.
"O que não se pode é aceitar delações. Não vou discutir a qualidade dos delatores. Não posso admitir, depois de tanto tempo de vida publica, que delações que sequer foram confirmadas pelos delatores - não houve depoimento deles confirmando-, não posso aceitar que delações que não foram juridicamente aceitas possam ser publicadas como verdade definitiva em relação aos homens públicos deste país", afirmou.
Barbalho disse não ser contra a Lava Jato e disse que operação não foi prejudicada pelo Congresso. "Estamos atrapalhando o quê? Prisão preventiva sem prazo, que passou a ser condenação antes que as pessoas se defendam? Essas pessoas já estão condenadas à execração pública, elas e suas famílias", bradou o senador da tribuna.
"Sempre defendi a liberdade de imprensa que também é imprescindível. Mas não defendo a irresponsabilidade de grandes setores da mídia brasileira que não sei o que querem", atacou.
ABUSO DE AUTORIDADE
Jader Barbalho procurou criar em plenário um clima favorável à votação da proposta de criminalização do abuso de autoridade, texto apresentado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
"Agora se acha que criar uma lei de abuso de autoridade é para acabar com a Lava Jato", afirmou. "Se acusa o Congresso de querer travar a Lava Jato, de querer arranjar um instrumento para barrar as investigações", prosseguiu. "Indago onde está travado."
Renan não se manifestou após a fala de Jader Barbalho.
Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) pediu a palavra e disse concordar parcialmente com o colega governista.
Ele disse que o discurso de Barbalho não havia sido apenas um desabafo, mas "um alerta para o Congresso tomar vergonha na cara". "Eu poderia ter feito, ipsis litteris, este discurso sete, oito meses atrás", afirmou o senador de oposição, em referência ao impeachment de Dilma Rousseff (PT).
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