Não dá para escapar, tipo como a gente faz com os BBBs da vida. Não adianta trocar de canal. Na internet é a mesma coisa. Espalhou-se. Não se fala em outra coisa. Todo mundo sabendo, o mundo inteiro está acompanhando.
Mais de dois anos. O novelo da novela começou a se desenrolar e agora parece que não vai acabar é nunca mais. Cada vez se embaraça, trança mais gente. Não me lembro de um dia sequer que não tenha havido notícias, mentidos e desmentidos. Depois, como agora, chegam na tevê mais elaboradas, com imagens, sons e até - pasmem - duas câmeras ambiente, como foi a gravação do depoimento daquele senhor arrogante e convencido chamado Lula e o seu séquito de advogados de uma família só. Pai, filha, genro. O pai, Roberto Teixeira, o compadre de velhas denúncias que jamais foram bem esclarecidas; por exemplo, a da nebulosa venda da Varig. O genro, o enjoado Cristiano Zanin, agora famoso, finalmente, figura tinhosa, casado com a empertigada Valeska, ex-gorda, como ela própria declarou à época dos embates com Denise Abreu, que foi quem em 2008 mostrou as provas do conluio e que já apontava que eles usavam Lula para tudo.
Mais de dois anos. O novelo da novela começou a se desenrolar e agora parece que não vai acabar é nunca mais. Cada vez se embaraça, trança mais gente. Não me lembro de um dia sequer que não tenha havido notícias, mentidos e desmentidos. Depois, como agora, chegam na tevê mais elaboradas, com imagens, sons e até - pasmem - duas câmeras ambiente, como foi a gravação do depoimento daquele senhor arrogante e convencido chamado Lula e o seu séquito de advogados de uma família só. Pai, filha, genro. O pai, Roberto Teixeira, o compadre de velhas denúncias que jamais foram bem esclarecidas; por exemplo, a da nebulosa venda da Varig. O genro, o enjoado Cristiano Zanin, agora famoso, finalmente, figura tinhosa, casado com a empertigada Valeska, ex-gorda, como ela própria declarou à época dos embates com Denise Abreu, que foi quem em 2008 mostrou as provas do conluio e que já apontava que eles usavam Lula para tudo.
Se à época das denúncias sobre a venda estas tivessem sido levadas a
sério como deveriam, babau. Não teria havido Dilma presidente, e o ciclo
da lambança talvez não alcançasse em um estágio tão sério assim. Já
havia mensalão, a maldição da Casa Civil, fatos questionáveis como os da
área de energia por onde também Dilma passou. E passou Lobão, Os Três
porquinhos, outros chapeuzinhos vermelhos. Mas o vento soprou e a casa
caiu. Ou melhor, está caindo, lentamente, desmoronando, caçando um a um
em todos os aposentos.
São capítulos imperdíveis, narrados com cenas pitorescas que atiçam
nossa imaginação. Estamos assistindo diariamente a um seriado sobre como
funcionam os intestinos do poder. O que comem, como processam, como se
reproduzem, e o que regurgitam. Mais a parte que usaram para criar a
gordura dos seus luxos, os excessos que os deixavam felizes e ao qual
chamavam Projeto de Poder. Projeto de poder popular, alguns ousavam
dizer. Pior, tem por aí quem ainda acredite nisso.
Quando pensávamos que Lula seria o ápice, surpresa! Tem mais. Vai ao
ar uma descontraída Monica Moura que, ao lado do marido, João Santana,
privou da maior intimidade com todos eles, já que foram os responsáveis,
ao fim e ao cabo, por tê-los posto lá. Agora sabemos melhor o quanto
custou sermos enganados durante mais de uma década pela propaganda.
Vê-los ganhar mais de uma campanha presidencial mentindo, jogando areia
nos olhos, prometendo mundos com nossos fundos.
Nesse reality só está faltando edredom. Quero dizer, está faltando
que saibamos detalhes, porque no meio da história já apareceram vários
casos bem amorosos, com apelidos bastante significativos.
Feche os olhos. Imagine que beleza o João Santana e o Delcídio do
Amaral, nus, dentro de uma sauna, batendo papo e combinando ações. O
Fernando Pimentel, atual governador de Minas, sempre suspeito, chegando
com uma malinha recheada de dinheiro em um flat, e Monica Moura, linda e
loura, lá, só esperando ele chegar para contar a bufunfa que lhe era
devida.
Também gostei de imaginar a cena dela passeando com Dilma pelos
jardins do Palácio, imaginar a confusa Dilma (no caso, Iolanda)
escrevendo um e-mail em código tentando avisar algo. Adorando imaginar o
Zé Eduardo Cardozo se contorcendo de ódio porque foi dito o óbvio sobre
o vazamento (para os alvos) das operações. E o sisudo Franklin Martins?
Até sumiu para não ter de explicar os milhões de dólares que cobrou
para ir sacanear as campanhas lá na África.
Quanta coisa já vimos ou ficamos sabendo nesses últimos tempos,
enquanto por causa disso tudo temos de tentar, com muita dificuldade,
nos manter com a cabeça fora d´água.
A política toda está de cabeça para baixo e não sei se as pessoas se
deram conta do significado disso e do quanto penaremos ainda para
reconstruir o país e a confiança nesses tempos tão agitados. Como nos
reality shows mais conhecidos, teremos de eliminá-los, um a um.
Mas sem vencedores, porque esses participantes já levaram escondido o
prêmio de muito mais de um milhão, um milhão e meio. Pensam em dólares.
E já ganharam casas, apartamentos, lanchas, sítios, viagens com tudo
pago.
Deve ter sido tudo obra da Dona Marisa.
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