Por Rosely Sayão - Folha de SP
Muitos pais vivem, quase todos os dias, conflitos gerados pelos filhos. A maioria deles resulta de pedidos e pressões que crianças e adolescentes fazem a eles. Permitir ou não? Dar ou não? Eis a questão!
Há um grande número de pais que cedem aos caprichos dos filhos mesmo sem concordar, ora porque acham que é muito cedo para o filho fazer ou ter determinada coisa, ora porque o que o filho quer não se encaixa com o que a família pensa.
Vamos conversar a respeito dessas contradições que os pais cometem –que não passam despercebidas pelos filhos– e suas possíveis consequências.
Não me canso de repetir: crianças, desde muito pequenas, sabem o que querem ou, pelo menos, pensam que sabem. Tal fato não é uma novidade das crianças nascidas neste novo mundo: sempre foi assim. Só que, na atualidade, o que elas demonstram querer é supervalorizado pelos pais, o que nunca aconteceu anteriormente.
E se há uma coisa que as crianças sabem fazer muito bem é batalhar pelo que querem. Elas criam novas estratégias e usam todas as que aprenderam que funcionam. Esse aprendizado começa lá pelos dois anos, mais ou menos.
A partir dessa idade, elas já passam a relacionar o seu comportamento com o que acontece depois. Se, por acaso, a criança ficar descontente com algo e reagir, impulsivamente, se jogando ao chão e/ou gritando, por exemplo, e logo após for atendida, ela aprende que essa é uma boa estratégia a ser usada.
Muitos pais não aguentam sustentar com firmeza sua decisão frente a comportamentos rebeldes dos filhos ou frente à insistência incansável deles. E, por isso, cedem.
Entretanto, a concessão que eles fazem pode não ser boa para a criança ou para o adolescente, principalmente por um motivo que considero importante: os filhos percebem, com muita clareza, que os pais estão agindo de forma contrária ao que pensam, ou seja, percebem a incoerência deles. E isso, caro leitor, provoca insegurança nos mais novos, que vai sendo construída pouco a pouco.
Mais importante para os mais novos do que ficar satisfeito e alegre com o fato de ter conseguido o que queria, é sentir segurança com seus pais. É essa sensação que ajuda crianças e adolescentes a crescerem com mais confiança, mesmo frente a todas as adversidades que a vida lhes impõe.
E tem mais: sabe o que um filho aprende quando percebe que seus pais agem de modo contrário ao que pensam? Que tudo é negociável, inclusive princípios, valores e até virtudes, quando há um interesse por algo. E esse tipo de aprendizado não é bom, concordam?
Hoje, nossas crianças e jovens estão muito pressionados pela ideologia consumista, por demandas sociais que nem sempre se adaptam ao seu modo de ser e de pensar e ao da família, pelos grupos que frequentam, pelas publicidades –inclusive as que são dirigidas aos adultos.
Para resistir ao menos a algumas das tentações que daí surgem, para manter a integridade e o respeito por si, a segurança e a coerência dos pais colabora muito. Não hesite, caro leitor, em negar algo a seu filho se você não concorda com o que ele pede. Você irá errar na criação deles de qualquer maneira! Melhor errar estando de acordo com seus princípios e pensamentos, não é verdade?
Muitos pais vivem, quase todos os dias, conflitos gerados pelos filhos. A maioria deles resulta de pedidos e pressões que crianças e adolescentes fazem a eles. Permitir ou não? Dar ou não? Eis a questão!
Há um grande número de pais que cedem aos caprichos dos filhos mesmo sem concordar, ora porque acham que é muito cedo para o filho fazer ou ter determinada coisa, ora porque o que o filho quer não se encaixa com o que a família pensa.
Vamos conversar a respeito dessas contradições que os pais cometem –que não passam despercebidas pelos filhos– e suas possíveis consequências.
Não me canso de repetir: crianças, desde muito pequenas, sabem o que querem ou, pelo menos, pensam que sabem. Tal fato não é uma novidade das crianças nascidas neste novo mundo: sempre foi assim. Só que, na atualidade, o que elas demonstram querer é supervalorizado pelos pais, o que nunca aconteceu anteriormente.
E se há uma coisa que as crianças sabem fazer muito bem é batalhar pelo que querem. Elas criam novas estratégias e usam todas as que aprenderam que funcionam. Esse aprendizado começa lá pelos dois anos, mais ou menos.
A partir dessa idade, elas já passam a relacionar o seu comportamento com o que acontece depois. Se, por acaso, a criança ficar descontente com algo e reagir, impulsivamente, se jogando ao chão e/ou gritando, por exemplo, e logo após for atendida, ela aprende que essa é uma boa estratégia a ser usada.
Muitos pais não aguentam sustentar com firmeza sua decisão frente a comportamentos rebeldes dos filhos ou frente à insistência incansável deles. E, por isso, cedem.
Entretanto, a concessão que eles fazem pode não ser boa para a criança ou para o adolescente, principalmente por um motivo que considero importante: os filhos percebem, com muita clareza, que os pais estão agindo de forma contrária ao que pensam, ou seja, percebem a incoerência deles. E isso, caro leitor, provoca insegurança nos mais novos, que vai sendo construída pouco a pouco.
Mais importante para os mais novos do que ficar satisfeito e alegre com o fato de ter conseguido o que queria, é sentir segurança com seus pais. É essa sensação que ajuda crianças e adolescentes a crescerem com mais confiança, mesmo frente a todas as adversidades que a vida lhes impõe.
E tem mais: sabe o que um filho aprende quando percebe que seus pais agem de modo contrário ao que pensam? Que tudo é negociável, inclusive princípios, valores e até virtudes, quando há um interesse por algo. E esse tipo de aprendizado não é bom, concordam?
Hoje, nossas crianças e jovens estão muito pressionados pela ideologia consumista, por demandas sociais que nem sempre se adaptam ao seu modo de ser e de pensar e ao da família, pelos grupos que frequentam, pelas publicidades –inclusive as que são dirigidas aos adultos.
Para resistir ao menos a algumas das tentações que daí surgem, para manter a integridade e o respeito por si, a segurança e a coerência dos pais colabora muito. Não hesite, caro leitor, em negar algo a seu filho se você não concorda com o que ele pede. Você irá errar na criação deles de qualquer maneira! Melhor errar estando de acordo com seus princípios e pensamentos, não é verdade?
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