Por Cardeal Orani Tempesta
O mês de outubro para nós do hemisfério sul é primaveril. Tudo a ver com o anúncio da Páscoa! O Senhor venceu a morte e nós somos testemunhas, pois Ele está vivo no meio de nós. Por isso, abrimos com carinho esse mês com Santa Terezinha do Menino Jesus, padroeira das missões, e com ela um mês de aprofundamento e orações pelas missões, com seu tema nacional "Cuidar da Casa Comum é nossa missão", e com o lema: "Deus viu que tudo era muito bom" (Gn 1,31). No dia 23 é o Dia Mundial das Missões e da Infância Missionária, e o Papa nos convoca com a sua mensagem: “Igreja missionária, testemunha de misericórdia”. Além disso, é o mês do Rosário, ligado às festas Marianas: Nossa Senhora do Rosário (lembremos de Lepanto), de Nazaré (Círio em Belém do Pará), Aparecida (iniciando o Ano Mariano comemorativo dos 300 anos do encontro da imagem no Rio Paraíba), e aqui no Rio de Janeiro, de Nossa Senhora da Penha, que teve neste início do mês em sua Igreja Santuário Mariano Arquidiocesano a instalação como Basílica Menor. Ao mesmo tempo iniciamos, com toda a Igreja do Brasil, a “Semana Nacional da Vida”, que tem como tema “Vida e Sociedade”, e que culmina no dia 8 de outubro com o Dia do Nascituro. Infelizmente esse tema do respeito à vida humana não tem sido muito apreciado pelos que semeiam a “cultura de morte” em nosso país. Portanto, são muitos temas e muitas atividades importantes no início deste tempo primaveril. Por isso, não desanimemos com as dificuldades, pois temos certeza de que o “Senhor venceu a morte”.
Guiados pela “pequena via” de Santa Teresinha do Menino Jesus, que inicia o mês nos ensinando a ter uma fé como de uma criança e o ardor de acreditar nas verdades eternas com a disposição de espírito decidido; por isso mesmo Sua Santidade, o Papa Francisco, pediu ao Apostolado da Oração a intenção universal “Para que os jornalistas, no desempenho da sua profissão, sejam sempre animados pelo respeito pela verdade e por um forte sentido ético”. (No último dia 29 de setembro foi anunciado o tema do 51º Dia Mundial das Comunicações: “‘Não tenhas medo, que Eu estou contigo’) (Is 43,5). Comunicar esperança e confiança no nosso tempo”. E o tema de orações pela evangelização neste mês é justamente sobre as missões: “Para que a Jornada Missionária Mundial renove em todas as comunidades cristãs a alegria e a responsabilidade de anunciar o Evangelho”. O Diretório da Liturgia elaborado pela CNBB recomenda para este mês “os piedosos exercícios do mês do Santo Rosário”, instituído pelo Papa Leão XIII (Enchir. Indulg. N. 48). Será importante uma reflexão aprofundada sobre os mártires e Cunhau e Uruaçu, além da grande festa de São Francisco logo no início do mês.
Rezar por toda a Igreja para que, evangelizando todos os povos, possamos celebrar este mês missionário renovando nossas comunidades, a fim de que, contagiadas pela alegria do anúncio e do testemunho do Evangelho, levemos a palavra de Deus para todos os confins da Terra e que possamos repropor a Palavra de Deus para aqueles que estão afastados, angustiados, desiludidos ou mesmo se retiraram da vida eclesial. Reavivar o dom de Deus...
Não podemos supor a fé adulta das pessoas, por isso é prioritária a missão “ad gentes”, momento pelo qual todos os batizados são convidados a participar da vida missionária da Igreja. Quando o Papa Francisco insiste que a Igreja precisa estar em “saída”, o “sair de si mesmo”, o ir ao encontro do outro significa levar a Palavra de Deus para todas as pessoas. Ele deu esse exemplo no início da Primavera, indo à Geórgia e Azerbaijão (este com 500 católicos em uma única paróquia do país).
Na Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual, ensinou o Papa Francisco: “A missão no coração do povo não é uma parte da minha vida, ou um ornamento que posso pôr de lado; não é um apêndice ou um momento entre tantos outros da minha vida. É algo que não posso arrancar do meu ser, se não me quero destruir. Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo. É preciso considerarmo- nos como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar. Nisto uma pessoa se revela enfermeira no espírito, professor no espírito, político no espírito..., ou seja, pessoas que decidiram, no mais íntimo de si mesmas, estar com os outros e ser para os outros. Mas, se uma pessoa coloca a tarefa dum lado e a vida privada do outro, tudo se torna cinzento e viverá continuamente à procura de reconhecimentos ou defendendo as suas próprias exigências. Deixará de ser povo” (Cf. https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html, acessado pela última vez em 01 de outubro de 2016).
O Santo Papa Francisco nos pede uma doação generosa no dever de ser missionário, partilhando a nossa fé e a nossa alegria de sermos testemunhas do Ressuscitado: “Para partilhar a vida com a gente e dar-nos generosamente, precisamos reconhecer também que cada pessoa é digna da nossa dedicação. E não pelo seu aspecto físico, suas capacidades, sua linguagem, sua mentalidade ou pelas satisfações que nos pode dar, mas porque é obra de Deus, criatura Sua. Ele criou-a à sua imagem, e reflete algo da sua glória. Cada ser humano é objeto da ternura infinita do Senhor, e Ele mesmo habita na sua vida. Na cruz, Jesus Cristo deu o seu sangue precioso por essa pessoa. Independentemente da aparência, cada um é imensamente sagrado e merece o nosso afeto e a nossa dedicação. Por isso, se consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor, isso já justifica o dom da minha vida. É maravilhoso ser povo fiel de Deus. E ganhamos plenitude, quando derrubamos os muros e o coração se enche de rostos e de nomes”! (Cf. Evangelii Gaudium, n. 274, https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html, acessado pela última vez em 01 de outubro de 2016)
Na mensagem para o Dia Mundial das Missões, o Papa Francisco ensina que: “Não nos deixemos roubar a alegria da evangelização! Convido-lhes a mergulhar na alegria do Evangelho e nutrir um amor capaz de iluminar a sua vocação e missão”. Confiamos este mês à proteção materna de Nossa Senhora. O Papa Francisco nos pede que com “Maria, modelo de uma evangelização humilde e jubilosa, elevemos a nossa oração, para que a Igreja se torne uma Casa para muitos, uma Mãe para todos os povos e possibilite o nascimento de um mundo novo”.
O Papa nos recorda o aniversário do Dia Mundial das Missões e a necessária coleta nessa intenção: “Precisamente neste Ano Jubilar, celebra o seu nonagésimo aniversário o Dia Mundial das Missões, promovido pela Pontifícia Obra da Propagação da Fé, e aprovado pelo Papa Pio XI em 1926. Por isso, considero oportuno recordar as sábias indicações dos meus Predecessores, estabelecendo que fossem destinadas a esta Obra todas as ofertas que cada diocese, paróquia, comunidade religiosa, associação e movimento, de todo o mundo, pudesse recolher para socorrer as comunidades cristãs necessitadas de ajuda e revigorar o anúncio do Evangelho até aos últimos confins da Terra. Também nos nossos dias, não nos subtraiamos a este gesto de comunhão eclesial missionário; não restrinjamos o coração às nossas preocupações particulares, mas alarguemo-lo aos horizontes da humanidade inteira”.
Para sermos missionários, precisamos olhar para o Senhor no Tabernáculo. Só o Senhor pode nos ajudar a anunciar que Ele está ressuscitado entre nós. Muitas vezes estamos distraídos com tantas coisas, às vezes vozes mais superficiais; e depois temos medo de escutar a voz do Senhor, porque pensamos que pode tirar nossa liberdade. Para escutar Nosso Senhor Jesus Cristo faz-se necessário ser íntimo da palavra de Deus, buscá-lo na Santíssima Eucaristia. A mensagem de Deus é indispensável para a nossa vida, para nos realizar como pessoa e para termos paz, alegria, felicidade e para sermos humanos e, assim, descobrir nosso ser missionário. Que a partir do anúncio do Evangelho, anunciando a alegria do Evangelho a todas as pessoas, primeiro procuremos o recolhimento do silenciar-se, para ouvir o Senhor que nos chama e nos envia como missionários. E, na realidade complexa de hoje, a missão começa em casa, da avó que catequiza seu neto, da mãe que catequiza seu filho, de cada um de nós que em nosso ambiente de trabalho e, sobretudo na sociedade, não devemos cansar de testemunhar Cristo Ressuscitado e anunciar a alegria do Seu Evangelho da Vida. Porque Jesus é o único Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 10,10).
Assim, com o Papa Francisco, pelo seu admirável testemunho, pela coerência contagiante de sua vida, sejamos missionários da paz, da esperança e da alegria. Anunciar o Evangelho e a sua Justiça é a nossa missão permanente de discípulos-missionários da vida plena.
Guiados pela “pequena via” de Santa Teresinha do Menino Jesus, que inicia o mês nos ensinando a ter uma fé como de uma criança e o ardor de acreditar nas verdades eternas com a disposição de espírito decidido; por isso mesmo Sua Santidade, o Papa Francisco, pediu ao Apostolado da Oração a intenção universal “Para que os jornalistas, no desempenho da sua profissão, sejam sempre animados pelo respeito pela verdade e por um forte sentido ético”. (No último dia 29 de setembro foi anunciado o tema do 51º Dia Mundial das Comunicações: “‘Não tenhas medo, que Eu estou contigo’) (Is 43,5). Comunicar esperança e confiança no nosso tempo”. E o tema de orações pela evangelização neste mês é justamente sobre as missões: “Para que a Jornada Missionária Mundial renove em todas as comunidades cristãs a alegria e a responsabilidade de anunciar o Evangelho”. O Diretório da Liturgia elaborado pela CNBB recomenda para este mês “os piedosos exercícios do mês do Santo Rosário”, instituído pelo Papa Leão XIII (Enchir. Indulg. N. 48). Será importante uma reflexão aprofundada sobre os mártires e Cunhau e Uruaçu, além da grande festa de São Francisco logo no início do mês.
Rezar por toda a Igreja para que, evangelizando todos os povos, possamos celebrar este mês missionário renovando nossas comunidades, a fim de que, contagiadas pela alegria do anúncio e do testemunho do Evangelho, levemos a palavra de Deus para todos os confins da Terra e que possamos repropor a Palavra de Deus para aqueles que estão afastados, angustiados, desiludidos ou mesmo se retiraram da vida eclesial. Reavivar o dom de Deus...
Não podemos supor a fé adulta das pessoas, por isso é prioritária a missão “ad gentes”, momento pelo qual todos os batizados são convidados a participar da vida missionária da Igreja. Quando o Papa Francisco insiste que a Igreja precisa estar em “saída”, o “sair de si mesmo”, o ir ao encontro do outro significa levar a Palavra de Deus para todas as pessoas. Ele deu esse exemplo no início da Primavera, indo à Geórgia e Azerbaijão (este com 500 católicos em uma única paróquia do país).
Na Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual, ensinou o Papa Francisco: “A missão no coração do povo não é uma parte da minha vida, ou um ornamento que posso pôr de lado; não é um apêndice ou um momento entre tantos outros da minha vida. É algo que não posso arrancar do meu ser, se não me quero destruir. Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo. É preciso considerarmo- nos como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar. Nisto uma pessoa se revela enfermeira no espírito, professor no espírito, político no espírito..., ou seja, pessoas que decidiram, no mais íntimo de si mesmas, estar com os outros e ser para os outros. Mas, se uma pessoa coloca a tarefa dum lado e a vida privada do outro, tudo se torna cinzento e viverá continuamente à procura de reconhecimentos ou defendendo as suas próprias exigências. Deixará de ser povo” (Cf. https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html, acessado pela última vez em 01 de outubro de 2016).
O Santo Papa Francisco nos pede uma doação generosa no dever de ser missionário, partilhando a nossa fé e a nossa alegria de sermos testemunhas do Ressuscitado: “Para partilhar a vida com a gente e dar-nos generosamente, precisamos reconhecer também que cada pessoa é digna da nossa dedicação. E não pelo seu aspecto físico, suas capacidades, sua linguagem, sua mentalidade ou pelas satisfações que nos pode dar, mas porque é obra de Deus, criatura Sua. Ele criou-a à sua imagem, e reflete algo da sua glória. Cada ser humano é objeto da ternura infinita do Senhor, e Ele mesmo habita na sua vida. Na cruz, Jesus Cristo deu o seu sangue precioso por essa pessoa. Independentemente da aparência, cada um é imensamente sagrado e merece o nosso afeto e a nossa dedicação. Por isso, se consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor, isso já justifica o dom da minha vida. É maravilhoso ser povo fiel de Deus. E ganhamos plenitude, quando derrubamos os muros e o coração se enche de rostos e de nomes”! (Cf. Evangelii Gaudium, n. 274, https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html, acessado pela última vez em 01 de outubro de 2016)
Na mensagem para o Dia Mundial das Missões, o Papa Francisco ensina que: “Não nos deixemos roubar a alegria da evangelização! Convido-lhes a mergulhar na alegria do Evangelho e nutrir um amor capaz de iluminar a sua vocação e missão”. Confiamos este mês à proteção materna de Nossa Senhora. O Papa Francisco nos pede que com “Maria, modelo de uma evangelização humilde e jubilosa, elevemos a nossa oração, para que a Igreja se torne uma Casa para muitos, uma Mãe para todos os povos e possibilite o nascimento de um mundo novo”.
O Papa nos recorda o aniversário do Dia Mundial das Missões e a necessária coleta nessa intenção: “Precisamente neste Ano Jubilar, celebra o seu nonagésimo aniversário o Dia Mundial das Missões, promovido pela Pontifícia Obra da Propagação da Fé, e aprovado pelo Papa Pio XI em 1926. Por isso, considero oportuno recordar as sábias indicações dos meus Predecessores, estabelecendo que fossem destinadas a esta Obra todas as ofertas que cada diocese, paróquia, comunidade religiosa, associação e movimento, de todo o mundo, pudesse recolher para socorrer as comunidades cristãs necessitadas de ajuda e revigorar o anúncio do Evangelho até aos últimos confins da Terra. Também nos nossos dias, não nos subtraiamos a este gesto de comunhão eclesial missionário; não restrinjamos o coração às nossas preocupações particulares, mas alarguemo-lo aos horizontes da humanidade inteira”.
Para sermos missionários, precisamos olhar para o Senhor no Tabernáculo. Só o Senhor pode nos ajudar a anunciar que Ele está ressuscitado entre nós. Muitas vezes estamos distraídos com tantas coisas, às vezes vozes mais superficiais; e depois temos medo de escutar a voz do Senhor, porque pensamos que pode tirar nossa liberdade. Para escutar Nosso Senhor Jesus Cristo faz-se necessário ser íntimo da palavra de Deus, buscá-lo na Santíssima Eucaristia. A mensagem de Deus é indispensável para a nossa vida, para nos realizar como pessoa e para termos paz, alegria, felicidade e para sermos humanos e, assim, descobrir nosso ser missionário. Que a partir do anúncio do Evangelho, anunciando a alegria do Evangelho a todas as pessoas, primeiro procuremos o recolhimento do silenciar-se, para ouvir o Senhor que nos chama e nos envia como missionários. E, na realidade complexa de hoje, a missão começa em casa, da avó que catequiza seu neto, da mãe que catequiza seu filho, de cada um de nós que em nosso ambiente de trabalho e, sobretudo na sociedade, não devemos cansar de testemunhar Cristo Ressuscitado e anunciar a alegria do Seu Evangelho da Vida. Porque Jesus é o único Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 10,10).
Assim, com o Papa Francisco, pelo seu admirável testemunho, pela coerência contagiante de sua vida, sejamos missionários da paz, da esperança e da alegria. Anunciar o Evangelho e a sua Justiça é a nossa missão permanente de discípulos-missionários da vida plena.
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