Por Frederico Vasconcelos - Folha de SP
Vem da advocacia uma crítica à ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, porque, “em meio ao burburinho que está o país”, agendou para esta quarta-feira (7) o ato de aposição dos retratos dos ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski na galeria de ex-presidentes.
A galeria de ex-presidentes fica no hall de entrada do STF, com fotografias em preto e branco dos componentes da Corte desde o Império.
“Não podia ser gesto mais significativo da falta de percepção do momento que atravessamos”, comenta o site “Migalhas“, que circula entre escritórios de advocacia. Esquece a homenagem a Lewandowski e concentra a reprovação em relação ao retrato de Barbosa, “justo um ministro que largou o Supremo em plena presidência”.
Joaquim Barbosa, como se sabe, não foi um ministro cortejado pela banca.
O Judiciário, de fato, perde muito tempo com cerimônias, “firulas” e “rapapés”, como dizia o relator do mensalão.
Em seu discurso de posse, Joaquim Barbosa afirmou que “gastam-se bilhões de reais anualmente para que tenhamos um bom funcionamento da máquina judiciária. Porém, é importante que se diga: o Judiciário a que aspiramos ter é um Judiciário sem firulas, sem floreios, sem rapapés. O que buscamos é um Judiciário célere, efetivo e justo”.
Se a aposição dos retratos é uma praxe para preservar a memória do STF, Lewandowski –de quem Barbosa várias vezes divergiu– não manteve a tradição em relação ao antecessor.
Deve-se principalmente a Joaquim Barbosa o avanço no combate à corrupção, quando o relator quebrou o sigilo da ação penal do mensalão, permitindo à sociedade acompanhar o julgamento do que foi considerado na época o maior escândalo político do país.
Cármen Lúcia homenageia o ministro que, segundo insinuou, daria “um salto social” como relator da Ação Penal 470.
“Quem deu um ‘salto social’ não foi o ministro Joaquim Barbosa, foi o Supremo Tribunal Federal”, escreveu Elio Gaspari na Folha, em 2007.
“Primeiro, porque teve no relator do processo dos mensaleiros um magistrado seco, impessoal, daqueles que não tiram prazer ao ouvir a própria voz. Segundo, porque sua exposição, livre de juridiquês, podia ser entendida por qualquer desafortunado que assistisse às sessões da Corte. Falou no idioma dos contribuintes”, disse Gaspari.
Vem da advocacia uma crítica à ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, porque, “em meio ao burburinho que está o país”, agendou para esta quarta-feira (7) o ato de aposição dos retratos dos ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski na galeria de ex-presidentes.
A galeria de ex-presidentes fica no hall de entrada do STF, com fotografias em preto e branco dos componentes da Corte desde o Império.
“Não podia ser gesto mais significativo da falta de percepção do momento que atravessamos”, comenta o site “Migalhas“, que circula entre escritórios de advocacia. Esquece a homenagem a Lewandowski e concentra a reprovação em relação ao retrato de Barbosa, “justo um ministro que largou o Supremo em plena presidência”.
Joaquim Barbosa, como se sabe, não foi um ministro cortejado pela banca.
O Judiciário, de fato, perde muito tempo com cerimônias, “firulas” e “rapapés”, como dizia o relator do mensalão.
Em seu discurso de posse, Joaquim Barbosa afirmou que “gastam-se bilhões de reais anualmente para que tenhamos um bom funcionamento da máquina judiciária. Porém, é importante que se diga: o Judiciário a que aspiramos ter é um Judiciário sem firulas, sem floreios, sem rapapés. O que buscamos é um Judiciário célere, efetivo e justo”.
Se a aposição dos retratos é uma praxe para preservar a memória do STF, Lewandowski –de quem Barbosa várias vezes divergiu– não manteve a tradição em relação ao antecessor.
Deve-se principalmente a Joaquim Barbosa o avanço no combate à corrupção, quando o relator quebrou o sigilo da ação penal do mensalão, permitindo à sociedade acompanhar o julgamento do que foi considerado na época o maior escândalo político do país.
Cármen Lúcia homenageia o ministro que, segundo insinuou, daria “um salto social” como relator da Ação Penal 470.
“Quem deu um ‘salto social’ não foi o ministro Joaquim Barbosa, foi o Supremo Tribunal Federal”, escreveu Elio Gaspari na Folha, em 2007.
“Primeiro, porque teve no relator do processo dos mensaleiros um magistrado seco, impessoal, daqueles que não tiram prazer ao ouvir a própria voz. Segundo, porque sua exposição, livre de juridiquês, podia ser entendida por qualquer desafortunado que assistisse às sessões da Corte. Falou no idioma dos contribuintes”, disse Gaspari.
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