Por Cardeal Orani João Tempesta
A cada ano celebramos no dia 5 de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente. Este dia é marcado por várias celebrações em prol do Meio Ambiente. Uma das celebrações é um encontro mundial com vários representantes de diversos países. Neste ano, o país anfitrião é o Canadá, e o tema escolhido, “conectando as pessoas à natureza”, será o eixo central das celebrações em todo o planeta.
Vivendo na cidade que possui a maior floresta urbana do mundo celebrar esse dia é um compromisso com o bioma onde estamos inseridos e com o planeta que padece devido a tantas situações que comprometem a vida saudável no futuro devido a irresponsabilidade de seus habitantes.
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 1972; os cidadãos de todo o planeta organizaram milhares de eventos relacionados a ele: de campanhas de limpeza de bairro a ações de combate a crimes ambientais, passando por atividades de reflorestamento. Este dia nos traz a oportunidade de conquistar a opinião pública e melhorar a conscientização, a conduta e a responsabilidade de indivíduos, empresas e grupos sociais quanto à preservação do meio ambiente. O Dia Mundial do Meio Ambiente vem ganhando relevância desde que começou a ser comemorado e, hoje, é uma plataforma mundial de divulgação, com ampla repercussão em todo o globo.
Este ano, de maneira muito especial, a ONU quer salvaguardar ainda mais o cuidado que devemos ter com o nosso planeta. Mesmo sabendo que o presidente dos Estados Unidos teve a decisão de retirar seu país do Acordo de Paris sobre a mudança climática. A ONU e alguns organismos estão em defesa do Meio Ambiente, afinal temos que cuidar do nosso planeta e dessa nossa “casa comum”. Aqui, quero recordar a encíclica verde do Papa Francisco: “Laudato Sì”. Há poucos dias, o Papa Francisco presenteou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a encíclica verde.
A Encíclica Laudato Sí, do Papa Francisco, sobre o meio ambiente, foi escrita com a perspicácia intelectual de quem sabe da responsabilidade sobre o planeta, com a preocupação com os pobres e como um ato de reclamação sem precedentes à indiferença dos poderosos. Já surgiu como libelo clássico, que permanecerá na história dos esforços voltados à conservação da vida na face do planeta Terra.
O quadro descrito por Francisco no primeiro capítulo da sua encíclica é deprimente: deterioração da qualidade da vida humana e degradação social. O ponto de vista do pontífice é o de um teólogo: Francisco recorda que “o ambiente humano e o ambiente natural se degradam juntos”, atingindo, sobretudo, os mais frágeis. Problemas que “não encontram suficiente espaço nas agendas do mundo”. As palavras de Francisco não admitem panos quentes: a seis meses da conferência sobre o clima, que foi realizada em Paris, o pontífice convida os grandes da Terra a mudar o tom e o conteúdo do discurso, a dar relevantes passos à frente. Ele denuncia “a debilidade da reação política internacional” e afirma que “muito facilmente o interesse econômico prevalece sobre o bem comum e manipula a informação para que seus projetos e interesses sejam protegidos”.
Diz-nos o Papa Francisco no Capítulo I da sua encíclica: “as mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, econômicas, distributivas e políticas, constituindo atualmente um dos principais desafios para a humanidade. Provavelmente os impactos mais sérios recairão, nas próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento. Muitos pobres vivem em lugares particularmente afetados por fenômenos relacionados com o aquecimento, e os seus meios de subsistência dependem fortemente das reservas naturais e dos chamados serviços do ecossistema, como a agricultura, a pesca e os recursos florestais. Não possuem outras disponibilidades econômicas nem outros recursos que lhes permitam adaptar-se aos impactos climáticos ou enfrentar situações catastróficas, e gozam de reduzido acesso a serviços sociais e de proteção. Por exemplo, as mudanças climáticas dão origem a migrações de animais e depauperação dos vegetais que nem sempre conseguem adaptar-se; e isto, por sua vez, afeta os recursos produtivos dos mais pobres, que são forçados também a emigrar com grande incerteza quanto ao futuro da sua vida e dos seus filhos. É trágico o aumento de emigrantes em fuga da miséria agravada pela degradação ambiental, que, não sendo reconhecidos como refugiados nas convenções internacionais, carregam o peso da sua vida abandonada sem qualquer tutela normativa. Infelizmente, verifica-se uma indiferença geral perante estas tragédias, que estão acontecendo agora mesmo em diferentes partes do mundo. A falta de reações diante destes dramas dos nossos irmãos e irmãs é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes, sobre o qual se funda toda a sociedade civil”.
A cada ano celebramos no dia 5 de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente. Este dia é marcado por várias celebrações em prol do Meio Ambiente. Uma das celebrações é um encontro mundial com vários representantes de diversos países. Neste ano, o país anfitrião é o Canadá, e o tema escolhido, “conectando as pessoas à natureza”, será o eixo central das celebrações em todo o planeta.
Vivendo na cidade que possui a maior floresta urbana do mundo celebrar esse dia é um compromisso com o bioma onde estamos inseridos e com o planeta que padece devido a tantas situações que comprometem a vida saudável no futuro devido a irresponsabilidade de seus habitantes.
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 1972; os cidadãos de todo o planeta organizaram milhares de eventos relacionados a ele: de campanhas de limpeza de bairro a ações de combate a crimes ambientais, passando por atividades de reflorestamento. Este dia nos traz a oportunidade de conquistar a opinião pública e melhorar a conscientização, a conduta e a responsabilidade de indivíduos, empresas e grupos sociais quanto à preservação do meio ambiente. O Dia Mundial do Meio Ambiente vem ganhando relevância desde que começou a ser comemorado e, hoje, é uma plataforma mundial de divulgação, com ampla repercussão em todo o globo.
Este ano, de maneira muito especial, a ONU quer salvaguardar ainda mais o cuidado que devemos ter com o nosso planeta. Mesmo sabendo que o presidente dos Estados Unidos teve a decisão de retirar seu país do Acordo de Paris sobre a mudança climática. A ONU e alguns organismos estão em defesa do Meio Ambiente, afinal temos que cuidar do nosso planeta e dessa nossa “casa comum”. Aqui, quero recordar a encíclica verde do Papa Francisco: “Laudato Sì”. Há poucos dias, o Papa Francisco presenteou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a encíclica verde.
A Encíclica Laudato Sí, do Papa Francisco, sobre o meio ambiente, foi escrita com a perspicácia intelectual de quem sabe da responsabilidade sobre o planeta, com a preocupação com os pobres e como um ato de reclamação sem precedentes à indiferença dos poderosos. Já surgiu como libelo clássico, que permanecerá na história dos esforços voltados à conservação da vida na face do planeta Terra.
O quadro descrito por Francisco no primeiro capítulo da sua encíclica é deprimente: deterioração da qualidade da vida humana e degradação social. O ponto de vista do pontífice é o de um teólogo: Francisco recorda que “o ambiente humano e o ambiente natural se degradam juntos”, atingindo, sobretudo, os mais frágeis. Problemas que “não encontram suficiente espaço nas agendas do mundo”. As palavras de Francisco não admitem panos quentes: a seis meses da conferência sobre o clima, que foi realizada em Paris, o pontífice convida os grandes da Terra a mudar o tom e o conteúdo do discurso, a dar relevantes passos à frente. Ele denuncia “a debilidade da reação política internacional” e afirma que “muito facilmente o interesse econômico prevalece sobre o bem comum e manipula a informação para que seus projetos e interesses sejam protegidos”.
Diz-nos o Papa Francisco no Capítulo I da sua encíclica: “as mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, econômicas, distributivas e políticas, constituindo atualmente um dos principais desafios para a humanidade. Provavelmente os impactos mais sérios recairão, nas próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento. Muitos pobres vivem em lugares particularmente afetados por fenômenos relacionados com o aquecimento, e os seus meios de subsistência dependem fortemente das reservas naturais e dos chamados serviços do ecossistema, como a agricultura, a pesca e os recursos florestais. Não possuem outras disponibilidades econômicas nem outros recursos que lhes permitam adaptar-se aos impactos climáticos ou enfrentar situações catastróficas, e gozam de reduzido acesso a serviços sociais e de proteção. Por exemplo, as mudanças climáticas dão origem a migrações de animais e depauperação dos vegetais que nem sempre conseguem adaptar-se; e isto, por sua vez, afeta os recursos produtivos dos mais pobres, que são forçados também a emigrar com grande incerteza quanto ao futuro da sua vida e dos seus filhos. É trágico o aumento de emigrantes em fuga da miséria agravada pela degradação ambiental, que, não sendo reconhecidos como refugiados nas convenções internacionais, carregam o peso da sua vida abandonada sem qualquer tutela normativa. Infelizmente, verifica-se uma indiferença geral perante estas tragédias, que estão acontecendo agora mesmo em diferentes partes do mundo. A falta de reações diante destes dramas dos nossos irmãos e irmãs é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes, sobre o qual se funda toda a sociedade civil”.
Escutando o apelo do Papa Francisco sobre este “cuidado com a casa comum”, foi escolhido o tema da Campanha da Fraternidade 2017: ela se apresentou como um instrumento à disposição das comunidades cristãs e de todas as pessoas de boa vontade para enfrentar, com consciência. O lema da CF deste ano está sendo: “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15), com o tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”. O objetivo geral da Campanha da Fraternidade é cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho. Quisemos, através da Campanha da Fraternidade, motivar a Igreja e a sociedade brasileira para que tenham maior atenção e cuidado com o meio ambiente. Cuidar do meio ambiente é cuidar das obras da criação. Assim, meus irmãos, vivamos bem a proposta da Campanha da Fraternidade 2017.
Queremos, no Dia do Meio Ambiente, e em todos os dias de nossa vida, dedicar e, é claro, levar aos outros a cultura e o cuidado que devemos ter com o Meio Ambiente. Afinal, fazemos e somos parte desta “Casa comum” que se chama Terra. Deus, na criação, colocou o homem à frente deste grande bem. Portanto, sejamos zelosos e defensores desse grande patrimônio que nos foi dado e que pertence a todos.
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