Por Cardeal Orani Tempesta
Concluímos no último final de semana os Jogos Olímpicos, e daqui alguns dias iniciaremos, em nossa cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro, as Paralimpíadas. Estes Jogos também são chamados de Jogos Olímpicos de Verão, já que existem os Jogos de Inverno, também realizados de quatro em quatro anos.
Os Jogos Olímpicos foram abertos no dia 5 de agosto de 2016 e encerrados no dia 21 de agosto, e as Paralimpíadas serão abertas em 7 de setembro e finalizadas em 18 de setembro próximo. Creio que estes serão um excelente momento de aprendermos com grandes nomes a importância da superação dos limites e a busca da presença na sociedade das pessoas deficientes. A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos ocorrerá no Estádio do Maracanã, assim como a cerimônia de encerramento. O número de eventos, esportes e países nestes dois tipos de jogos demonstra a importância dos mesmos e também o exemplo da cultura do encontro seja nos locais de disputa, seja na Vila Olímpica, onde grupos de países muitas vezes antagônicos se encontram na mesma mesa de refeição.
Sabemos que, assim como os Jogos Olímpicos, este também será um evento com a presença de pessoas de várias nacionalidades. Não só os que irão competir, mas também aquelas pessoas que vão assistir aos jogos. Será um evento marcado pela cultura do encontro. Encontro de pessoas de várias culturas e etnias e religiões diferentes. Será um grande momento para desenvolver um maior diálogo entre as pessoas, sobretudo neste momento histórico de conflitos que vivemos no cenário mundial. Isso já ocorreu com os Jogos Olímpicos e é claro que sucederá o mesmo nos Jogos Paralímpicos. Tenho certeza de que a crise em que o mundo e o Brasil vivem é muito mais do que apenas política e econômica. Vivemos hoje um cenário de crise dos valores, em especial os éticos. Precisamos reaprender a querer o bem ao outro. Também a trégua dos “100 dias de paz” é um dado muito significativo.
Como Igreja, este ano também é importante para nós, pois estamos meditando o Ano da Misericórdia. O Santo Padre, o Papa Francisco, pediu a todo Orbe Católico que vivesse a dimensão da misericórdia, e misericórdia é acolhimento não somente entre nós, Católicos, mas com todos os cidadãos.
Papa Francisco: “Após lembrar que Jesus fez-Se igual a nós em tudo, menos no pecado, acrescentou que no Filho podemos não só apalpar a misericórdia do Pai, mas somos impelidos a tornar-nos nós mesmos instrumentos da sua misericórdia. Falar de misericórdia pode ser fácil; mais difícil é tornar-se Suas testemunhas na vida concreta. Trata-se dum percurso que dura toda a vida e não deveria registar interrupções”.
Ele ressaltou no Domingo da Divina Misericórdia deste ano: “...que a misericórdia vai à procura da ovelha perdida e, quando a encontra, irradia uma alegria contagiosa”. “A misericórdia sabe olhar cada pessoa nos olhos; cada uma delas é preciosa para ela, porque cada uma é única”. “Para isso, é bom que seja o Espírito Santo a guiar os nossos passos: Ele é o Amor, Ele é a misericórdia que é comunicada aos nossos corações. Não ponhamos obstáculos à Sua ação vivificante, mas sigamo-Lo docilmente pelas sendas que nos aponta. Permaneçamos de coração aberto, para que o Espírito possa transformá-lo; e assim, perdoados e reconciliados, nos tornemos testemunhas da alegria que brota de ter encontrado o Senhor Ressuscitado, vivo no meio de nós”.
Ao ler estas palavras do Santo Padre, devemos nós, como um todo, nos esforçar ao máximo para viver a misericórdia e sermos canal de misericórdia para os outros. Vejo que o mundo carece desses valores. Um deles, como me referi acima, é o de querer o bem ao outro. Podemos e devemos desenvolver muito bem isso nos Jogos Paralímpicos, mas, como isso pode ser feito, haja vista que é uma competição?
Competir não significa querer mal ao outro, mas ter a maturidade para disputar e confraternizar. É isso que as Olimpíadas e as Paralimpíadas devem levar: ao acolhimento e ao amor ao próximo. Assim, estaremos desenvolvendo bem o nosso papel de anunciadores da misericórdia do Senhor. Neste caso, o esporte acaba unindo as pessoas que às vezes estão separadas pela distância, política ou até mesmo religião, mas no esporte participam de uma disputa em comum.
Durante os Jogos, a Vila Olímpica conta também com assistência religiosa. Temos uma capelania inter-religiosa na Vila Olímpica. A Igreja Católica, com a tradição de diálogo inter-religioso e ecumênico e do diálogo inter-religioso, ofereceu um capelão à Vila para organizar essa assistência religiosa para com os irmãos, com a responsabilidade de promover a liberdade religiosa.
Esperamos que nestes próximos dias de Paralimpíadas, possamos ter um encontro marcante com pessoas de outras nacionalidades vencendo os limites, e que todos nós brasileiros saibamos acolher estes nossos irmãos que virão para celebrar este grande acontecimento dos esportes. Sejamos acolhedores e misericordiosos!
Os Jogos Olímpicos foram abertos no dia 5 de agosto de 2016 e encerrados no dia 21 de agosto, e as Paralimpíadas serão abertas em 7 de setembro e finalizadas em 18 de setembro próximo. Creio que estes serão um excelente momento de aprendermos com grandes nomes a importância da superação dos limites e a busca da presença na sociedade das pessoas deficientes. A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos ocorrerá no Estádio do Maracanã, assim como a cerimônia de encerramento. O número de eventos, esportes e países nestes dois tipos de jogos demonstra a importância dos mesmos e também o exemplo da cultura do encontro seja nos locais de disputa, seja na Vila Olímpica, onde grupos de países muitas vezes antagônicos se encontram na mesma mesa de refeição.
Sabemos que, assim como os Jogos Olímpicos, este também será um evento com a presença de pessoas de várias nacionalidades. Não só os que irão competir, mas também aquelas pessoas que vão assistir aos jogos. Será um evento marcado pela cultura do encontro. Encontro de pessoas de várias culturas e etnias e religiões diferentes. Será um grande momento para desenvolver um maior diálogo entre as pessoas, sobretudo neste momento histórico de conflitos que vivemos no cenário mundial. Isso já ocorreu com os Jogos Olímpicos e é claro que sucederá o mesmo nos Jogos Paralímpicos. Tenho certeza de que a crise em que o mundo e o Brasil vivem é muito mais do que apenas política e econômica. Vivemos hoje um cenário de crise dos valores, em especial os éticos. Precisamos reaprender a querer o bem ao outro. Também a trégua dos “100 dias de paz” é um dado muito significativo.
Como Igreja, este ano também é importante para nós, pois estamos meditando o Ano da Misericórdia. O Santo Padre, o Papa Francisco, pediu a todo Orbe Católico que vivesse a dimensão da misericórdia, e misericórdia é acolhimento não somente entre nós, Católicos, mas com todos os cidadãos.
Papa Francisco: “Após lembrar que Jesus fez-Se igual a nós em tudo, menos no pecado, acrescentou que no Filho podemos não só apalpar a misericórdia do Pai, mas somos impelidos a tornar-nos nós mesmos instrumentos da sua misericórdia. Falar de misericórdia pode ser fácil; mais difícil é tornar-se Suas testemunhas na vida concreta. Trata-se dum percurso que dura toda a vida e não deveria registar interrupções”.
Ele ressaltou no Domingo da Divina Misericórdia deste ano: “...que a misericórdia vai à procura da ovelha perdida e, quando a encontra, irradia uma alegria contagiosa”. “A misericórdia sabe olhar cada pessoa nos olhos; cada uma delas é preciosa para ela, porque cada uma é única”. “Para isso, é bom que seja o Espírito Santo a guiar os nossos passos: Ele é o Amor, Ele é a misericórdia que é comunicada aos nossos corações. Não ponhamos obstáculos à Sua ação vivificante, mas sigamo-Lo docilmente pelas sendas que nos aponta. Permaneçamos de coração aberto, para que o Espírito possa transformá-lo; e assim, perdoados e reconciliados, nos tornemos testemunhas da alegria que brota de ter encontrado o Senhor Ressuscitado, vivo no meio de nós”.
Ao ler estas palavras do Santo Padre, devemos nós, como um todo, nos esforçar ao máximo para viver a misericórdia e sermos canal de misericórdia para os outros. Vejo que o mundo carece desses valores. Um deles, como me referi acima, é o de querer o bem ao outro. Podemos e devemos desenvolver muito bem isso nos Jogos Paralímpicos, mas, como isso pode ser feito, haja vista que é uma competição?
Competir não significa querer mal ao outro, mas ter a maturidade para disputar e confraternizar. É isso que as Olimpíadas e as Paralimpíadas devem levar: ao acolhimento e ao amor ao próximo. Assim, estaremos desenvolvendo bem o nosso papel de anunciadores da misericórdia do Senhor. Neste caso, o esporte acaba unindo as pessoas que às vezes estão separadas pela distância, política ou até mesmo religião, mas no esporte participam de uma disputa em comum.
Durante os Jogos, a Vila Olímpica conta também com assistência religiosa. Temos uma capelania inter-religiosa na Vila Olímpica. A Igreja Católica, com a tradição de diálogo inter-religioso e ecumênico e do diálogo inter-religioso, ofereceu um capelão à Vila para organizar essa assistência religiosa para com os irmãos, com a responsabilidade de promover a liberdade religiosa.
Esperamos que nestes próximos dias de Paralimpíadas, possamos ter um encontro marcante com pessoas de outras nacionalidades vencendo os limites, e que todos nós brasileiros saibamos acolher estes nossos irmãos que virão para celebrar este grande acontecimento dos esportes. Sejamos acolhedores e misericordiosos!
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